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Ex-office boy começou a empreender com R$ 9 mil. Hoje, fatura R$ 21 milhões com contabilidade médica

 Com mais de 200 funcionários e 8 mil clientes, o escritório deve faturar R$ 21 milhões em 2023

José Eduardo Rissi: "Não queria mais trabalhar em empresas de outras pessoas" (Rissi Contabilidade Médica/Divulgação)
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 28 de dezembro de 2023 às 15h05.

Última atualização em 17 de janeiro de 2024 às 14h43.

Começar a empreender não é nada fácil, especialmente no Brasil. Mas, para alguns donos de pequenos negócios, o início da trajetória empreendedora é ainda mais complicado — com dívidas, falta de apoio e até pouco dinheiro para começar o próprio negócio.

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O fundador da Rissi Contabilidade Médica é um desses casos. O paulista José Eduardo Rissi foi caixa de supermercado e trabalhou como office boy em um escritório de contabilidade em Cedral, cidade com 12 mil habitantes no interior de São Paulo. Anos depois, ele decidiu deixar o emprego para empreender. "Não queria mais trabalhar na empresas de outras pessoas", conta.

Hoje, Rissi lidera um escritório de contabilidade especializado na área da saúde em São José do Rio Preto. Com mais de 200 funcionários e 8 mil clientes, o escritório deve fechar o ano com faturamento de R$ 21 milhões.

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Quem é o empreendedor

Rissi começou a trabalhar na adolescência, repondo alimentos nas gôndolas e empacotando itens no caixa em um mercado em Cedral, sua cidade natal.

O emprego como office boy de um pequeno escritório de contabilidade apareceu por indicação de seu pai. "Eu corria para um lado e para o outro de bicicleta, buscando documentos e entregando recibos", diz o empreendedor.

Com o passar dos anos, Rissi cresceu dentro da área de contabilidade. Mudou de escritório algumas vezes, sempre com cargos maiores e teve oportunidade de atuar na área financeira de uma das empresas.

Em 2012, ele decidiu que era a hora de empreender. Rissi investiu cerca de R$ 9 mil no seu próprio negócio. "Era exatamente a despesa de seis meses do escritório contando aluguel e telefone", diz.

O diferencial de seu escritório de contabilidade seria o público alvo: a classe médica.

"Abri o escritório sem cliente nenhum, sem nada comercial projetado. Depois de alguns meses, comecei a atender dois médicos e vi a oportunidade de atender de forma mais especializada esses profissionais", diz Rissi.

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O futuro do negócio

Rissi licenciou a própria marca neste ano. A ideia é usar a Rissi Negócios para aumentar a capilaridade da empresa no Brasil. Apesar de ter clientes em todos os estados, a grande parte está concentrada em São Paulo.

O modelo é simples: a pessoa adquire a licença da Rissi por R$ 10 mil e passa a fechar contratos com o nome da marca. Toda operação roda dentro da Rissi, a única função do licenciado é conseguir novos clientes da área da saúde para dentro da empresa.

O empreendedor explica que a remuneração é por comissão, mas de maneira recorrente, o que traz uma previsibilidade de ganho para o licenciado. A meta é fechar 2023 com 50 licenciados.

"Quero chegar a 1.000 licenciados em 2025, o que vai quadruplicar o faturamento atual. Ou seja, vamos chegar a R$ 80 milhões", diz o empreendedor.

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