Ex-executivos do PanAmericano são proibidos de deixar o país, diz jornal
Antiga diretoria teria desviado dinheiro do banco para empresas de fachada, provocando um prejuízo total de 3,8 bilhões de reais na instituição
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 14h35.
São Paulo – Em nova fase de investigação, a Polícia Federal a Justiça Federal proibiu todos os antigos dirigentes do Panamericano de deixarem o país e ordenou que entreguem seus passaportes no prazo limite de 24 horas, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Eles também estão impedidos de se comunicar com funcionários e ex-funcionários da instituição para evitar intimidação.
Segundo a Polícia Federal, os antigos diretores do Panamericano fizeram uso de empresas de fachada como destinatária de dinheiro desviado do banco. Somado às fraudes contábeis, o prejuízo chega a cerca de 3,8 bilhões de reais.
O juiz Douglas Camarinha Gonzales, da 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo mandou a Polícia Federal realizar buscas para apreensão de documentos, computadores, registros contábeis e bens na residência do ex-diretor jurídico do Panamericano, Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno.
A ação aconteceu na terça-feira em duas empresas -- Techno Brasil Indústria e Comércio de Fios e Cabos Especiais e Tecnho Plast Indústria e Comércio de Produtos Injetados, que o ex-diretor-superintendente do Panamericano, Rafael Palladino, teria adquirido em nome de terceiros, para lavar dinheiro. Segundo a reportagem, a PF diz que Palladino estaria usando como laranja o mecânico Alexandre Toros Kayayan, "com objetivo de ocultação da origem e da propriedade de valores desviados da instituição".
A PF pediu a prisão preventiva do grupo de executivos, incluindo Palladino e o ex-braço direito de Silvio Santos, Luiz Sebastião Sandoval, que está sob suspeita de “atividades delituosas”. Segundo a PF, Sandoval se desfez de imóveis a preços irreais em 14 de julho. A PF afirma que a prisão deles é necessária para a "garantia da ordem pública e da econômica". O juiz, no entanto, não decretou a prisão dos investigados, acolhendo manifestação do Ministério Público Federal sobre adoção de medidas alternativas à custódia.
Fraudes contábeis continuaram – Apesar da troca de diretoria em novembro passado e das constantes alegações do banco de que a contabilidade já estava em dia, a PF juntou ao pedido de prisão dos suspeitos um documento intitulado "Relatório da Administração-2010", redigido pela nova direção do banco.
O relatório aponta novas inconsistências contábeis atribuídas aos ex-diretores. “A atual administração identificou irregularidades adicionais de 1,3 bilhão de reais inicialmente informados e outros ajustes não relacionados a inconsistências no valor de 500 milhões de reais", afirma o documento. Segundo a polícia, há "dados indicativos" de que os antigos dirigentes desviaram 70 milhões de reais em apenas três anos.
A PF ainda conta com um relatório de auditoria do Panamericano, relativo ao período de 13 de dezembro de 2010 a 23 de fevereiro de 2011. O documento diz que a "antiga administração apresentou estrutura contábil desprovida de princípios básicos de controles e de ética profissional, tendo como principal objetivo a criação de resultados fraudulentos, a geração de informações falsas ao mercado, acionistas e aos órgãos de supervisão e regulamentação, ludibriados por dados manipulados pelos sistemas operacionais internos".
Para piorar a situação, Aguinaldo Cândido da Rosa, ex-funcionário da Tesouraria, afirmou que havia a existência de saques, "tudo a partir de solicitações verbais dos ex-diretores Wilson de Aro e Carvalho Bruno". Ele disse ainda que, "na maioria das vezes, os valores eram entregues a Bruno no estacionamento, para serem guardados no porta-malas do carro".
São Paulo – Em nova fase de investigação, a Polícia Federal a Justiça Federal proibiu todos os antigos dirigentes do Panamericano de deixarem o país e ordenou que entreguem seus passaportes no prazo limite de 24 horas, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Eles também estão impedidos de se comunicar com funcionários e ex-funcionários da instituição para evitar intimidação.
Segundo a Polícia Federal, os antigos diretores do Panamericano fizeram uso de empresas de fachada como destinatária de dinheiro desviado do banco. Somado às fraudes contábeis, o prejuízo chega a cerca de 3,8 bilhões de reais.
O juiz Douglas Camarinha Gonzales, da 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo mandou a Polícia Federal realizar buscas para apreensão de documentos, computadores, registros contábeis e bens na residência do ex-diretor jurídico do Panamericano, Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno.
A ação aconteceu na terça-feira em duas empresas -- Techno Brasil Indústria e Comércio de Fios e Cabos Especiais e Tecnho Plast Indústria e Comércio de Produtos Injetados, que o ex-diretor-superintendente do Panamericano, Rafael Palladino, teria adquirido em nome de terceiros, para lavar dinheiro. Segundo a reportagem, a PF diz que Palladino estaria usando como laranja o mecânico Alexandre Toros Kayayan, "com objetivo de ocultação da origem e da propriedade de valores desviados da instituição".
A PF pediu a prisão preventiva do grupo de executivos, incluindo Palladino e o ex-braço direito de Silvio Santos, Luiz Sebastião Sandoval, que está sob suspeita de “atividades delituosas”. Segundo a PF, Sandoval se desfez de imóveis a preços irreais em 14 de julho. A PF afirma que a prisão deles é necessária para a "garantia da ordem pública e da econômica". O juiz, no entanto, não decretou a prisão dos investigados, acolhendo manifestação do Ministério Público Federal sobre adoção de medidas alternativas à custódia.
Fraudes contábeis continuaram – Apesar da troca de diretoria em novembro passado e das constantes alegações do banco de que a contabilidade já estava em dia, a PF juntou ao pedido de prisão dos suspeitos um documento intitulado "Relatório da Administração-2010", redigido pela nova direção do banco.
O relatório aponta novas inconsistências contábeis atribuídas aos ex-diretores. “A atual administração identificou irregularidades adicionais de 1,3 bilhão de reais inicialmente informados e outros ajustes não relacionados a inconsistências no valor de 500 milhões de reais", afirma o documento. Segundo a polícia, há "dados indicativos" de que os antigos dirigentes desviaram 70 milhões de reais em apenas três anos.
A PF ainda conta com um relatório de auditoria do Panamericano, relativo ao período de 13 de dezembro de 2010 a 23 de fevereiro de 2011. O documento diz que a "antiga administração apresentou estrutura contábil desprovida de princípios básicos de controles e de ética profissional, tendo como principal objetivo a criação de resultados fraudulentos, a geração de informações falsas ao mercado, acionistas e aos órgãos de supervisão e regulamentação, ludibriados por dados manipulados pelos sistemas operacionais internos".
Para piorar a situação, Aguinaldo Cândido da Rosa, ex-funcionário da Tesouraria, afirmou que havia a existência de saques, "tudo a partir de solicitações verbais dos ex-diretores Wilson de Aro e Carvalho Bruno". Ele disse ainda que, "na maioria das vezes, os valores eram entregues a Bruno no estacionamento, para serem guardados no porta-malas do carro".