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EUA apoiam sobretaxa de 300% nos jatos da Bombardier

A decisão enfatiza a política comercial defensiva do presidente dos EUA e pode efetivamente interromper as vendas do novo avião da Bombardier

Bombardier: a nova tarifa se soma a sobretaxa contra subsídios, anunciada na semana passada, de 219,63% (Fabrice Dimier/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 21h23.

Washington - O Departamento de Comércio dos Estados Unidos elevou nesta sexta-feira a proposta para a imposição de sobretaxa nas vendas de jatos CSeries da Bombardier para os EUA, para quase 300 por cento, após a Boeing se queixar que a empresa canadense recebeu subsídios ilegais e vendeu suas aaeronaves a preços "absurdamente baixos".

A decisão enfatiza a política comercial defensiva do presidente dos EUA, Donald Trump, e pode efetivamente interromper as vendas do novo avião da Bombardier para as companhias aéreas norte-americanas, ao quadruplicar o custo dos jatos importados.

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O órgão propôs uma tarifa antidumping de 79,82 por cento, após uma investigação preliminar ter determinado que os jatos foram vendidos abaixo do preço de custo para a Delta Air Lines em 2016.

A nova tarifa se soma a sobretaxa contra subsídios, anunciada na semana passada, de 219,63 por cento.

A nova penalidade somente entrará em vigor se for confirmada pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA no início do próximo ano.

As novas sobretaxas devem elevar as tensões entre os Estados Unidos, o Canadá e Grã-Bretanha, onde são fabricadas as asas das aeronaves.

A sobretaxa total é bem mais alta do que os 80 por cento que a Boeing pediu em sua queixa.

"Essas sobretaxas são a consequência de uma decisão consciente da Bombardier de violar o direito comercial e derrubar (o preço de) suas aeronaves CSeries para garantir a venda", disse a Boeing em um comunicado.

O chancelaria do Canadá disse que a Boeing está "manipulando o sistema de reparação comercial dos EUA" para manter o CSeries fora do país.

O Canadá está em "desacordo completo" com a decisão e continuará tratando da questão com o governo dos EUA e a Boeing, disse a chanceler Chrystia Freeland em comunicado.

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