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EUA abrem investigação anti-dumping contra Bombardier

A investigação deverá determinar se a fabricante canadense vende seus aviões de 100 e 150 lugares abaixo do preço de mercado nos Estados Unidos

Bombardier: "O mercado americano é o mais aberto ao mundo, mas devemos atuar quando as regras são quebradas", disse o secretário de Comércio (Susana Gonzalez/Bloomberg)
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AFP

Publicado em 18 de maio de 2017 às 22h14.

Última atualização em 18 de maio de 2017 às 22h20.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira o início de uma investigação anti-dumping sobre as importações de aviões comerciais da canadense Bombardier , que se soma às crescentes disputas comerciais entre os dois países vizinhos.

Lançada depois de uma denúncia da empresa americana Boeing, a investigação deverá determinar se a fabricante canadense vende seus aviões de 100 e 150 lugares abaixo do preço de mercado nos Estados Unidos e se beneficia de subsídios públicos ilegais, detalhou o Departamento de Comércio americano em um comunicado.

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"O mercado americano é o mais aberto ao mundo, mas devemos atuar quando as regras são quebradas", disse o secretário de Comércio, Wilbur Ross, em comunicado.

No final de abril, a Boeing apresentou uma ação contra Bombardier, acusando a empresa de vender seus últimos aviões CSeries por preços abaixo dos custos de produção e de receber mais de 3 bilhões de dólares em subsídios públicos.

As autoridades canadenses rejeitaram a acusação e ameaçaram rever suas compras de aviões militares da Boeing.

"Deploramos que o departamento de Comércio dos Estados Unidos tenha aberto investigações sobre os direitos anti-dumping e direitos compensatórios relativos às importações de aeronaves civis de grande porte canadenses", declarou Chrystia Freeland, ministra canadense das Relações Exteriores.

A ação da "Boeing busca claramente impedir que o novo avião da Bombardier, o Cseries, entre no mercado americano", acrescentou Freeland.

Segundo a Bombardier, a demanda da Boeing ameaça "mais de 20 mil empregos nos Estados Unidos" vinculados ao fornecimento de peças para aviões CSeries.

Já Freeland informou que o "Canadá examina suas aquisições militares ligadas à Boeing" e "defenderá energicamente os interesses da Bombardier".

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