Escassez na Grande SP não afeta produção, diz Ambev
Segundo diretor de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Comunicação, situação do Cantareira não impacta produção de nenhuma das unidades da empresa
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2014 às 16h36.
São Paulo - A atual crise hídrica do Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento de água da Grande São Paulo, não afeta a produtividade das fábricas da Ambev no estado.
"Não teve impacto nenhum. A atividade fabril não mudou", afirmou nesta quarta-feira o diretor de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Comunicação da companhia, Ricardo Rolim.
Segundo ele, a situação crítica do Cantareira não impacta a produção de nenhuma das unidades da empresa, nem mesmo a sediada em Guarulhos, cidade mais afetada pelo racionamento de água.
Rolim explicou a jornalistas que a fábrica da Ambev em Guarulhos possui fontes próprias de captação de água e não depende do abastecimento fornecido pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A unidade está inserida dentro de uma reserva ambiental e conta com um manancial próprio, preservado e explorado pela companhia. De acordo com a Ambev, a fábrica usa apenas cerca de 60% da captação de água definida por outorga específica.
Ainda que enfrentasse um problema de escassez em suas unidades paulistas, a produção total da empresa não seria afetada, garante Rolim. "Nós podemos redirecionar a produção para outros locais num cenário de pouca disponibilidade de água. Com o final do verão, e consequente queda no pico de produção, as fábricas passam a ter uma capacidade ociosa, que poderia ser utilizada", afirmou. Tal medida, no entanto, não precisou ser acionada, frisou o diretor.
Rolim destacou também que a companhia trabalha com forte programa de economia de água, que representa 95% da matéria-prima utilizada na produção de cerveja. Segundo ele, desde 2002, a Ambev já reduziu em 38% o seu consumo de água, volume suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes ou equivalente a 10 bilhões de latinhas. "E a meta da empresa para 2017 é reduzir o consumo para 3,2 litros de água para cada litro de cerveja".
A fabricante de bebidas também trabalha com projetos para a recuperação de bacias hidrográficas, através do movimento chamado pela companhia de CYAN. Em 2014, em parceria com a ONG The Natural Conservancy (TNC), a empresa iniciou o projeto de preservação da Bacia PCJ, que compõe o Sistema Cantareira.
Investimento
Do ponto de vista econômico, a atual crise hídrica do Sistema Cantareira deve afetar o planejamento de investimentos futuros das companhias, avalia Rolim. "As empresas como um todo passarão a considerar a (disponibilidade) água também como um dos fatores das suas decisões de investimentos", afirmou.
Para Rolim, a escassez enfrentada no início deste ano deve servir de exemplo para aquelas companhias que consideravam em seu planejamento apenas fatores como espaço, logística, distribuição e demanda. Segundo ele, este não é o caso da Ambev, que já trabalha com uma gestão da água até mesmo pela sua importância na cadeia produtiva da fabricantes de bebidas.
São Paulo - A atual crise hídrica do Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento de água da Grande São Paulo, não afeta a produtividade das fábricas da Ambev no estado.
"Não teve impacto nenhum. A atividade fabril não mudou", afirmou nesta quarta-feira o diretor de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Comunicação da companhia, Ricardo Rolim.
Segundo ele, a situação crítica do Cantareira não impacta a produção de nenhuma das unidades da empresa, nem mesmo a sediada em Guarulhos, cidade mais afetada pelo racionamento de água.
Rolim explicou a jornalistas que a fábrica da Ambev em Guarulhos possui fontes próprias de captação de água e não depende do abastecimento fornecido pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A unidade está inserida dentro de uma reserva ambiental e conta com um manancial próprio, preservado e explorado pela companhia. De acordo com a Ambev, a fábrica usa apenas cerca de 60% da captação de água definida por outorga específica.
Ainda que enfrentasse um problema de escassez em suas unidades paulistas, a produção total da empresa não seria afetada, garante Rolim. "Nós podemos redirecionar a produção para outros locais num cenário de pouca disponibilidade de água. Com o final do verão, e consequente queda no pico de produção, as fábricas passam a ter uma capacidade ociosa, que poderia ser utilizada", afirmou. Tal medida, no entanto, não precisou ser acionada, frisou o diretor.
Rolim destacou também que a companhia trabalha com forte programa de economia de água, que representa 95% da matéria-prima utilizada na produção de cerveja. Segundo ele, desde 2002, a Ambev já reduziu em 38% o seu consumo de água, volume suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes ou equivalente a 10 bilhões de latinhas. "E a meta da empresa para 2017 é reduzir o consumo para 3,2 litros de água para cada litro de cerveja".
A fabricante de bebidas também trabalha com projetos para a recuperação de bacias hidrográficas, através do movimento chamado pela companhia de CYAN. Em 2014, em parceria com a ONG The Natural Conservancy (TNC), a empresa iniciou o projeto de preservação da Bacia PCJ, que compõe o Sistema Cantareira.
Investimento
Do ponto de vista econômico, a atual crise hídrica do Sistema Cantareira deve afetar o planejamento de investimentos futuros das companhias, avalia Rolim. "As empresas como um todo passarão a considerar a (disponibilidade) água também como um dos fatores das suas decisões de investimentos", afirmou.
Para Rolim, a escassez enfrentada no início deste ano deve servir de exemplo para aquelas companhias que consideravam em seu planejamento apenas fatores como espaço, logística, distribuição e demanda. Segundo ele, este não é o caso da Ambev, que já trabalha com uma gestão da água até mesmo pela sua importância na cadeia produtiva da fabricantes de bebidas.