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Escândalo Autonomy/HP coloca novas regras contábeis em xeque

Caso fez contadores questionarem o quanto se sabe dos novos padrões contábeis mundiais


	Fachada da HP: empresa declarou ter pago demais pela Autonomy e acusou a companhia de "graves impropriedades contábeis"
 (Dirk Waem/AFP)

Fachada da HP: empresa declarou ter pago demais pela Autonomy e acusou a companhia de "graves impropriedades contábeis" (Dirk Waem/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 10h04.

O escândalo na Autonomy, companhia britânica de software que a HP comprou no ano passado, fez contadores questionarem o quanto se sabe dos novos padrões contábeis mundiais.

O reconhecimento de receita é a ferramenta mais comum para a manipulação contábil por uma companhia. O escândalo da Autonomy, ainda não totalmente esclarecido, supostamente envolve um caso extremo de superestimativa de faturamento.

A HP no mês passado declarou ter pago demais pela Autonomy e acusou a companhia de "graves impropriedades contábeis". A Autonomy negou essas alegações e afirmou que a HP está procurando "bodes expiatórios".

A disputa vem à tona enquanto os responsáveis pelos padrões contábeis estão enfrentando um dilema sobre os novos padrões de reconhecimento de receita. Alguns contadores temem que esses padrões, em vigor a partir de meados de 2013, sejam um retrocesso no combate aos abusos contábeis.

Se adotados na forma planejada, os novos padrões pela primeira vez colocariam empresas dos EUA e de mais de 100 outros países sob as mesmas regras de cálculo de receitas.

No entanto, os críticos afirmam que os novos padrões descartariam décadas de normas contábeis dos EUA bem específicas em favor de regras internacionais mais gerais, baseadas em princípios.

"O sistema dos EUA estava repleto de detalhes, exemplos e jurisprudências", afirmou Tom Selling, do blog Accounting Onion.

Abandonar esse nível de especificidade propiciaria às companhias mais espaço para manipular o registro de receita e lucro, opiniou o especialista.

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