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Equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade será desafio financeiro em 2024, diz CFO da Falconi

Para Renata Theil, tecnologia e capacitação de pessoas serão fatores determinantes para a gestão financeira das organizações no ano que vem

Renata Theil, CFO da Falconi (FALCONI/Divulgação)
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Publicado em 19 de dezembro de 2023 às 08h00.

Última atualização em 19 de dezembro de 2023 às 09h14.

O maior desafio na área financeira para 2024 será tomar decisões que levem ao crescimento dos negócios em meio a um cenário nebuloso de juros altos, volatilidade e possibilidade de recessão. Esta é a visão de Renata Theil, CFO da Falconi, maior consultoria em gestão empresarial e de pessoas da América Latina.

Renata explica que o próximo ano deve marcar uma mudança de rota no setor, que tem operado de forma defensiva. "A gente vem trabalhando nesses últimos anos com o cenário de defesa, fazendo o gerenciamento de riscos de mercado e de liquidez, e, agora, o grande desafio é olhar para o crescimento", analisa.

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As principais tendências para 2024 na visão dela se concentram em pessoas e tecnologias. Segundo a CFO, à medida que os negócios evoluem e se tornam mais complexos, é preciso capacitar as pessoas para os novos desafios que surgem. "Ter as pessoas certas, no lugar certo, é algo que nunca pode ser ignorado e vai ser ainda mais importante no ano que vem", prevê.

No âmbito da tecnologia, ela diz que a IA apoia os dois cenários traçados. "A inteligência artificial ajuda tanto a manter o negócio rentável, indo para a direção que você definiu, quanto para achar novos horizontes para crescer", explica.

Porém, ela faz um alerta: é necessário saber aplicar a tecnologia. "A inteligência artificial ainda tem sido usada para a finalidade de perguntas, e eu acho que o grande desafio é utilizá-la para resolver problemas. As pessoas têm comprado a tecnologia pela tecnologia, e isso não gera valor nem o retorno esperado", opina.

Nova fase da IA

Renata pondera que, na área financeira, o uso de IA e seus modelos de análise de dados não é novo. "Na cadeira de CFO, já usamos essas tecnologias há mais de 20 anos". O que muda agora, ela explica, é a acessibilidade das ferramentas, que têm se popularizado na esteira da IA generativa e da adoção de soluções com capacidade de predição de cenários.

Segundo a executiva, o uso correto da tecnologia deve passar por uma curadoria capaz de orientar a necessidade de aplicação de cada solução, até porque as empresas têm problemas específicos para resolver. "A diferença entre uma empresa que dá certo e outra que não dá é como você aplica sua estratégia no dia a dia", finaliza Renata.

A Falconi, em parceria com a EXAME, fez uma série de vídeos com seus especialistas e executivos para traçar um panorama do que os gestores devem esperar do mercado brasileiro e global em 2024.

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