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Eólica Tecnologia prevê manter parceria com dinamarqueses

As companhias preveem investir R$ 500 mi para implementar 82 megawatts em usinas eólicas

Energia eólica: a European Energy afirma que os projetos arrematados no Brasil serão conduzidos pela Nordic Power Partners (Ssuaphoto/Thinkstock)

Energia eólica: a European Energy afirma que os projetos arrematados no Brasil serão conduzidos pela Nordic Power Partners (Ssuaphoto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 13h36.

São Paulo - O grupo pernambucano Eólica Tecnologia, que na última semana venceu em parceria com a dinamarquesa European Energy um leilão para novos projetos de energia renovável no Brasil, prevê manter a associação com os europeus em licitações que o governo brasileiro promoverá em 2018, disse um executivo à Reuters.

As companhias preveem investir 500 milhões de reais para implementar os 82 megawatts em usinas eólicas com as quais venderam energia no leilão para entrega a partir de 2023, disse o presidente da desenvolvedora de projetos pernambucana, Everaldo Feitosa.

"Temos vários projetos de energia com a European Energy... tanto em eólica quanto em solar, na ordem de 200 megawatts adicionais", disse Feitosa.

Ele adicionou ainda, sem detalhar, que parte desses empreendimentos deve ser implementada também em parceria com um fundo de investimentos em renováveis do governo da Dinamarca.

Em nota em seu site, a European Energy afirma que os projetos arrematados no Brasil serão conduzidos pela Nordic Power Partners, uma associação da empresa com um fundo de mudança climática do governo dinamarquês.

"Essa parceria tripartite entre a Eólica Tecnologia, a European Energy e o fundo dinamarquês tem uma perspectiva muito grande para projetos no Brasil... estamos com vários projetos prontos para o leilão de abril", adicionou Feitosa, em referência a uma nova licitação já agendada pelo governo para 2018.

O chamado leilão A-4, para entrega de projetos em 2022, está previsto para 4 de abril, conforme cronograma do Ministério de Minas e Energia.

Anteriormente, a Eólica Tecnologia já havia viabilizado em leilões no Brasil um projeto junto à European Energy e ao fundo dinamarquês, recentemente vendido para a AES Tietê, da norte-americana AES.

Feitosa disse que a empresa ainda discute com os sócios, mas deverá manter uma fatia de 30 por cento a 50 por cento nos parques viabilizados no leilão da última semana, que serão construídos em Pernambuco.

Procurada, a European Energy não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Leilão disputado

O presidente da Eólica Tecnologia destacou a presença da empresa entre os vencedores do leilão para venda de energia eólica e solar na semana passada, em disputa dominada por multinacionais como Enel, EDP Renováveis e Voltalia.

Ele atribuiu o sucesso à parceria com os dinamarqueses e ao fato de os projetos vencedores serem expansões de usinas da Eólica Tecnologia atualmente já em operação.

"São projetos bem triviais de serem executados... o segredo para o sucesso é que são expansões", apontou ele, ressaltando que investimentos para conexão das usinas ao sistema elétrico e para transporte de equipamentos já foram realizados e não exigirão novos gastos.

Ele também ressaltou que a ampla disputa por novos contratos entre fornecedores de turbinas após dois anos sem leilões para novas usinas eólicas no Brasil também ajudou a reduzir preços --os empreendimentos eólicos fecharam as concorrências com o menor patamar de tarifa já registrado no Brasil para essa fonte de energia, quebrando um recorde anterior, de 2012.

Além da ausência de leilões, integrantes do governo citaram crédito externo de agências de fomento à exportação como fator importante para o sucesso dos certames.

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