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Entidades sindicais organizam paralisação na Eletrobras

Classe se mobiliza contra a venda da estatal num momento em que Michel Temer reforça mensagem de que a privatização da Eletrobras é prioridade

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Eletrobras: projeto de lei que embasa a privatização da companhia pouco avançou até agora no Congresso Nacional (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras: projeto de lei que embasa a privatização da companhia pouco avançou até agora no Congresso Nacional (Nadia Sussman/Bloomberg)

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Luciana Collet, do Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de abril de 2018 às, 18h58.

Última atualização em 16 de abril de 2018 às, 19h42.

São Paulo - Funcionários da Eletrobras promovem uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira, 16, em protesto contra a privatização da empresa e de suas subsidiárias, de acordo com informações da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU).

A entidade afirma ter registros de adesão ao movimento no Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, e Tocantins.

A FNU declarou esta segunda-feira como "Dia Nacional de Luta Contra a Privatização da Eletrobras - defesa do patrimônio público, soberania nacional e segurança energética". Para a federação, o processo resultará em aumento das tarifas, queda na qualidade dos serviços, demissões e perda da soberania nacional.

A entidade de classe se mobiliza contra a venda da estatal e de suas controladas num momento em que o presidente Michel Temer e seus novos ministros - como Eduardo Guardia (Fazenda) e Wellington Moreira Franco (de Minas e Energia) - procuram reforçar a mensagem de que a privatização da Eletrobras é uma prioridade dos meses finais de gestão, embora o projeto de lei que embasa o processo pouco tenha avançado até agora no Congresso Nacional.

Além disso, a expectativa é de que o Tribunal de Contas da União (TCU) apresente nesta semana suas considerações sobre o edital de venda das distribuidoras operadas pela estatal, permitindo a publicação do documento nos próximos dias, em leilão previsto para ocorrer até o fim de maio.

A FNU classifica a paralisação desta segunda-feira "uma primeira resposta dos eletricitários a essa ofensiva do governo", citando, além de declarações dos ministros, o fato de a comissão especial do projeto de lei de privatização da Eletrobras ter conseguido na semana passada aprovar um cronograma de trabalho com a marcação de duas audiências públicas, a serem realizadas na terça-feira, 17, e quarta-feira, 18.

Além disso, a entidade lembra que a Medida Provisória 814, que retira da lei a proibição de privatizar a Eletrobras e suas subsidiárias, também está avançando, com uma reunião da Comissão Mista marcada para o dia 17 em que está prevista a leitura do relatório final. "Será uma semana decisiva", avaliou.

A federação se organiza para "lotar as audiências" e lista em seu "calendário de lutas", além das reuniões das comissões no Congresso marcadas para esta semana, audiências judiciais marcadas para a semana que vem, relacionada ao processo de alegado "Assédio Moral Coletivo" contra o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, na Justiça do Trabalho de Brasília, e à ação contra a assembleia de acionistas que deliberou sobre a privatização das distribuidoras.

Procurada, a Eletrobras não respondeu até o fechamento deste texto as solicitações de informações sobre o impacto da paralisação para a companhia.

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