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Empresas buscam relatório para avaliar riscos climáticos

IPCC, na sigla em inglês provavelmente apontará como "extremamente provável" que a mudança climática tenha causa humana

Mudanças climáticas: maioria das empresas já examina como a mudança climática e episódios climáticos extremos podem impactar sua produção, suas operações, a disponibilidade de bens e a demanda (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 19h36.

Londres - As empresas cada vez mais levam em conta fatores climáticos nos seus planejamentos estratégicos, e um relatório a ser lançado na sexta-feira pela Organização das Nações Unidas ( ONU ) deverá salientar os riscos associados a problemas como temperaturas extremas, secas e elevação do nível dos mares.

Segundo versões preliminares vistas pela Reuters, o Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) irá apontar como "extremamente provável" --pelo menos 95 por cento de probabilidade-- que a mudança climática tenha causa humana, e alertará governos sobre a necessidade de se empenharem mais no combate às emissões de gases do efeito estufa.

A maioria das empresas já examina como a mudança climática e episódios climáticos extremos podem impactar sua produção, suas operações, a disponibilidade de bens e a demanda.

Uma pesquisa feita em janeiro pelo Projeto Transparência do Carbono e pela Accenture mostrou que 70 por cento entre 2.415 empresas entrevistadas acreditavam que seu faturamento seria significativamente alterado por mudanças climáticas.

Cerca de 51 por cento afirmaram que secas e chuvas excepcionais já haviam afetado seus negócios, o que representava despesas potenciais combinadas de 1 trilhão de dólares.

"Para as empresas, não se trata de argumentar contra o consenso científico, e sim de entender a escala do risco", disse Celine Herweijer, sócia da PwC.


Cerca de 80 por cento do patrimônio de empresas listadas no índice FTSE 350 da Bolsa de Londres estão no exterior, sendo grande parte nos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, como Índia, China, África do Sul e Brasil.

A fabricante de bebidas Diageo, por exemplo, vem se expandindo em mercados emergentes, como África, Índia e América Latina, e prevê que questões hídricas afetarão cultivos agrícolas ligados ao seu negócio.

"À medida que nossas empresas continuam crescendo, particularmente nos mercados emergentes, cresce o impacto da mudança climática", disse Michael Alexander, diretor ambiental da firma, acrescentando que a empresa já busca matérias-primas cujo consumo dependa menos da água, como sorgo e mandioca.

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Londres - As empresas cada vez mais levam em conta fatores climáticos nos seus planejamentos estratégicos, e um relatório a ser lançado na sexta-feira pela Organização das Nações Unidas ( ONU ) deverá salientar os riscos associados a problemas como temperaturas extremas, secas e elevação do nível dos mares.

Segundo versões preliminares vistas pela Reuters, o Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) irá apontar como "extremamente provável" --pelo menos 95 por cento de probabilidade-- que a mudança climática tenha causa humana, e alertará governos sobre a necessidade de se empenharem mais no combate às emissões de gases do efeito estufa.

A maioria das empresas já examina como a mudança climática e episódios climáticos extremos podem impactar sua produção, suas operações, a disponibilidade de bens e a demanda.

Uma pesquisa feita em janeiro pelo Projeto Transparência do Carbono e pela Accenture mostrou que 70 por cento entre 2.415 empresas entrevistadas acreditavam que seu faturamento seria significativamente alterado por mudanças climáticas.

Cerca de 51 por cento afirmaram que secas e chuvas excepcionais já haviam afetado seus negócios, o que representava despesas potenciais combinadas de 1 trilhão de dólares.

"Para as empresas, não se trata de argumentar contra o consenso científico, e sim de entender a escala do risco", disse Celine Herweijer, sócia da PwC.


Cerca de 80 por cento do patrimônio de empresas listadas no índice FTSE 350 da Bolsa de Londres estão no exterior, sendo grande parte nos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, como Índia, China, África do Sul e Brasil.

A fabricante de bebidas Diageo, por exemplo, vem se expandindo em mercados emergentes, como África, Índia e América Latina, e prevê que questões hídricas afetarão cultivos agrícolas ligados ao seu negócio.

"À medida que nossas empresas continuam crescendo, particularmente nos mercados emergentes, cresce o impacto da mudança climática", disse Michael Alexander, diretor ambiental da firma, acrescentando que a empresa já busca matérias-primas cujo consumo dependa menos da água, como sorgo e mandioca.

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