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Empresas brasileiras assinam compromisso para reduzir pegada de carbono

JBS e Grupo Boticário anunciam ações para minimizar impactos da produção no clima

Loja do Boticário na Rua dos Pinheiros, em SP: meta é que 100% das entregas sejam feitas por veículos elétricos até 2025 nas capitais (Leandro Fonseca/Exame)

Loja do Boticário na Rua dos Pinheiros, em SP: meta é que 100% das entregas sejam feitas por veículos elétricos até 2025 nas capitais (Leandro Fonseca/Exame)

O tema da mudança climática está nas prioridades dos conselhos, e até por conta disso, cada vez mais empresas estão assinando compromissos de reduzir suas emissões de carbono.

O Grupo Boticário, do setor de beleza, por exemplo, anunciou em junho o início de um plano para aderir à mobilidade elétrica em suas operações logísticas. Isso significa que, a partir deste mês, 14 veículos elétricos passam a fazer parte da frota em São Paulo e região metropolitana, o que corresponde a 50% do volume de entregas da região.

Em uma primeira fase, os veículos irão rodar na cidade de São Paulo, e o novo modal será expandido para outras capitais ainda em 2021, como Curitiba e Belo Horizonte. O objetivo é que 100% das entregas sejam feitas por veículos elétricos até 2025 nas capitais.

Em abril, a companhia assumiu 16 compromissos socioambientais, que incluem "neutralizar o impacto ambiental de emissões de gases de efeito estufa (GEE), água e energia de 100% da operação direta" e "reduzir em 50% o impacto ambiental de emissões de GEE, água e energia de fornecedores críticos".

"Os próximos dez anos serão desafiadores”, admite Artur Grynbaum, vice-presidente do conselho de administração do Grupo Boticário. “Nosso compromisso é reflexo do que já temos feito há 44 anos e do que acreditamos que seja o nosso papel como empresa. Temos uma longa atuação a favor da sustentabilidade e da conservação ambiental. ESG não é uma agenda nova para nós, mas os novos tempos apresentam cenários complexos que exigem um comprometimento ainda maior e, por isso, estamos avançando na agenda social, deixando um legado que vai muito além da nossa cadeia", afirma.

JBS: rumo ao Net Zero

Gilberto Tomazoni; Presidente JBS

Gilberto Tomazoni, presidente JBS: com o programa batizado Net Zero, companhia se compromete a zerar o balanço de suas emissões de gases causadores do efeito estufa (Germano Lüders/Exame)

A brasileira JBS, segunda maior empresa de alimentos do mundo e líder no setor de proteína, também tem um plano ambicioso de reduzir sua pegada de carbono.

Com o programa batizado Net Zero a companhia se compromete a zerar o balanço de suas emissões de gases causadores do efeito estufa, reduzindo a intensidade de emissões diretas e indiretas e compensando toda a emissão residual até 2040. A meta net zero da JBS inclui as operações globais da empresa. 

Como parte dessa missão, a empresa assinou a iniciativa “Ambição Empresarial pelo 1,5°C”, do Pacto Global das Nações Unidas, se comprometendo a definir metas com base científica para alcançar o net zero em sua cadeia de valor.

Esse esforço se alinha com o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global a 2°C, com esforços para contê-lo em 1,5°C, quando comparado aos níveis pré-industriais.

“As mudanças climáticas são o grande desafio do nosso tempo e devemos agir com urgência para combater seus efeitos negativos”, disse Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS.

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