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Empresas ainda não sabem como usar o big data, diz estudo

De acordo com 65% dos CEOs, suas companhias só estão aptas a interpretar uma pequena parte das informações a que tem acesso

Big data: 23% dos executivos acham que ele irá revolucionar a forma como os negócios são conduzidos (Divulgação)

Luísa Melo

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 09h15.

São Paulo - Há algum tempo fala-se da importância do big data como ferramenta estratégica para as companhias. Mas muitas empresas ainda têm dificuldade para entender como a massa de dados gerada diariamente pode ser aproveitada nos negócios e isso inclui quem está à frente deles.

Segundo um estudo da The Economist Intelligence Unit, a maioria dos presidentes de empresa, por exemplo, concorda sobre a importância do big data na estratégia, mas grande parte admite que não tem conhecimento amplo sobre suas aplicações.

Participaram da pesquisa 395 diretores e presidentes de grandes empresas de diversas partes do mundo, como Ásia-Pacífico, América do Norte, Europa Ocidental e outros locais. O levantamento foi feito em setembro de 2014.

Quando questionados sobre a relevância do big data para as organizações no futuro, 48% dos executivos disseram que a ferramenta será útil, combinada a outras novas tecnologias. Outros 23% acreditam que ela vai mesmo revolucionar a forma como os negócios são conduzidos.

Entretanto, ao mesmo tempo que 75% se dizem certos de que entendem de big data o suficiente para tomar decisões bem fundamentadas, praticamente a mesma parcela (74%) manifesta vontade de aprofundar o conhecimento sobre esses recursos.

Além disso, uma fatia significativa dos executivos (41%) não acha que precisa desse tipo de tecnologia para executar seu trabalho.

Por área

Perguntados sobre quais setores são os prioritários para a utilização de big data hoje, 42% dos entrevistados mencionaram a identificação e a segmentação de clientes. Em seguida apareceram planejamento e análise financeiros (32%) e as vendas e o atendimento de pedidos (29%).

Apesar de os executivos acharem que o big data continuará direcionado principalmente ao atendimento aos clientes nos próximos três anos, a fatia dos que apostam nesse cenário para o futuro é menor do que a atual (só 33% colocaram essa área como prioritária no próximo triênio, contra 42% atualmente).

Já as áreas de ERP (sistemas para controle de departamentos e processos) e gestão de recursos humanos tiveram uma avaliação inversa. Enquanto 18% dos pesquisados mencionaram o ERP entre as ferramentas prioritárias hoje, 25% fizeram o mesmo pensando no próximo triênio. Para a gestão de RH, a proporção aumentou de 12% para 21%.

Obstáculos

Segundo 35% dos executivos, o principal obstáculo para que o big data seja mais amplamente utilizado em suas empresas é a falta de conhecimento de como aplicá-lo em cada setor específico.

Os diretores de TI endossaram esse problema: 41% deles disseram que gestores de outros departamentos não entendem do assunto o suficiente para propor ou requerer projetos possíveis de serem implementados.

A opinião da maioria dos CEOs também é parecida. De acordo com 65% deles, suas companhias só estão aptas a interpretar uma pequena parte das informações a que tem acesso.

Em segundo lugar na lista de barreiras citadas pelos entrevistados vêm a carência de recursos financeiros (apontada por 33%), seguida pela limitação dos administradores seniores para entender a importância da ferramenta (25%) e a dificuldade de manter o desenvolvimento tecnológico (23%).

Como aproveitar

Em relação às experiências que já tiveram com o uso do big data, 34% dos executivos afirmam que ao mesmo tempo em que especialistas em dados são necessários para otimizar o uso das tecnologias, os diretores também podem ter acesso a esses recursos.

A pesquisa revela ainda que 32% deles acham que as ferramentas seriam melhor aproveitadas caso fosse criada uma equipe de profissionais de toda empresa para avaliar e sugerir abordagens para o tema.

Além disso, 26% acreditam que a implementação de um processo de gestão da mudança ajudaria a aprimorar o uso do big data e 24% defendem que os CEOs poderiam incentivar a colaboração entre os executivos.

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São Paulo - Há algum tempo fala-se da importância do big data como ferramenta estratégica para as companhias. Mas muitas empresas ainda têm dificuldade para entender como a massa de dados gerada diariamente pode ser aproveitada nos negócios e isso inclui quem está à frente deles.

Segundo um estudo da The Economist Intelligence Unit, a maioria dos presidentes de empresa, por exemplo, concorda sobre a importância do big data na estratégia, mas grande parte admite que não tem conhecimento amplo sobre suas aplicações.

Participaram da pesquisa 395 diretores e presidentes de grandes empresas de diversas partes do mundo, como Ásia-Pacífico, América do Norte, Europa Ocidental e outros locais. O levantamento foi feito em setembro de 2014.

Quando questionados sobre a relevância do big data para as organizações no futuro, 48% dos executivos disseram que a ferramenta será útil, combinada a outras novas tecnologias. Outros 23% acreditam que ela vai mesmo revolucionar a forma como os negócios são conduzidos.

Entretanto, ao mesmo tempo que 75% se dizem certos de que entendem de big data o suficiente para tomar decisões bem fundamentadas, praticamente a mesma parcela (74%) manifesta vontade de aprofundar o conhecimento sobre esses recursos.

Além disso, uma fatia significativa dos executivos (41%) não acha que precisa desse tipo de tecnologia para executar seu trabalho.

Por área

Perguntados sobre quais setores são os prioritários para a utilização de big data hoje, 42% dos entrevistados mencionaram a identificação e a segmentação de clientes. Em seguida apareceram planejamento e análise financeiros (32%) e as vendas e o atendimento de pedidos (29%).

Apesar de os executivos acharem que o big data continuará direcionado principalmente ao atendimento aos clientes nos próximos três anos, a fatia dos que apostam nesse cenário para o futuro é menor do que a atual (só 33% colocaram essa área como prioritária no próximo triênio, contra 42% atualmente).

Já as áreas de ERP (sistemas para controle de departamentos e processos) e gestão de recursos humanos tiveram uma avaliação inversa. Enquanto 18% dos pesquisados mencionaram o ERP entre as ferramentas prioritárias hoje, 25% fizeram o mesmo pensando no próximo triênio. Para a gestão de RH, a proporção aumentou de 12% para 21%.

Obstáculos

Segundo 35% dos executivos, o principal obstáculo para que o big data seja mais amplamente utilizado em suas empresas é a falta de conhecimento de como aplicá-lo em cada setor específico.

Os diretores de TI endossaram esse problema: 41% deles disseram que gestores de outros departamentos não entendem do assunto o suficiente para propor ou requerer projetos possíveis de serem implementados.

A opinião da maioria dos CEOs também é parecida. De acordo com 65% deles, suas companhias só estão aptas a interpretar uma pequena parte das informações a que tem acesso.

Em segundo lugar na lista de barreiras citadas pelos entrevistados vêm a carência de recursos financeiros (apontada por 33%), seguida pela limitação dos administradores seniores para entender a importância da ferramenta (25%) e a dificuldade de manter o desenvolvimento tecnológico (23%).

Como aproveitar

Em relação às experiências que já tiveram com o uso do big data, 34% dos executivos afirmam que ao mesmo tempo em que especialistas em dados são necessários para otimizar o uso das tecnologias, os diretores também podem ter acesso a esses recursos.

A pesquisa revela ainda que 32% deles acham que as ferramentas seriam melhor aproveitadas caso fosse criada uma equipe de profissionais de toda empresa para avaliar e sugerir abordagens para o tema.

Além disso, 26% acreditam que a implementação de um processo de gestão da mudança ajudaria a aprimorar o uso do big data e 24% defendem que os CEOs poderiam incentivar a colaboração entre os executivos.

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