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Empresa pode pagar R$10,1 bi para tirar Souza Cruz da bolsa

A British American Tobacco avalia compras todas as ações que não possui da Souza Cruz, podendo desembolsar R$ 10 bilhões se quiser tirar a empresa da bolsa

Fábrica da Souza Cruz: o eventual preço a ser pago por ação da Souza Cruz será de R$ 26,75 (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 17h01.

São Paulo - A British American Tobacco (BAT) avalia comprar todas as ações que não possui de sua controlada brasileira Souza Cruz , podendo desembolsar mais de 10 bilhões de reais se levar a ideia adiante e a operação tiver adesão maciça dos acionistas minoritários.

Em fato relevante nesta segunda-feira, a produtora brasileira de cigarros disse que sua sócia majoritária está estudando fazer uma oferta pública para aquisição de até a totalidade das ações em circulação da companhia, visando tirar a empresa da bolsa, e que pretende completar em até 30 dias todas as análises relacionadas à procedência ou não da oferta.

A BAT disse que o eventual preço a ser pago por ação da Souza Cruz será de 26,75 reais, o que representa um prêmio de 13,1 por cento sobre o valor de fechamento do papel da empresa brasileira na Bovespa na última sexta-feira.

Além disso, segundo a companhia britânica, o valor ora apresentado significa um acréscimo de 30 por cento sobre a média ponderada do preço de fechamento da ação da Souza Cruz nos três meses encerrados em 20 de fevereiro.

Em caso de a oferta ser concretizada e havendo adesão total dos minoritários, a British American Tobacco teria que gastar 10,1 bilhões de reais para adquirir as quase 380 milhões de ações da Souza Cruz que ainda não detém.

A BAT está negociado uma linha de crédito com uma instituição britânica para financiar a operação, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto, sob condição de anonimato.

Segundo a fonte, a BAT considerou fechar o capital da Souza Cruz quase cinco anos atrás, mas o plano foi suspenso porque o real estava muito valorizado na época, disse a fonte com conhecimento sobre o assunto ouvida pela Reuters.

Ações reagem

As ações da Souza Cruz abriram em forte alta na Bovespa e chegaram a subir quase 12 por cento na máxima, se aproximando do valor da possível oferta a ser feita pela BAT.

Perto do fechamento, às 16h51, os papéis da empresa brasileira tinham ganho de 7,19 por cento, cotados a 25,35 reais, enquanto o Ibovespa caía 0,16 por cento.

"Não era esperado, mas não surpreende dado que a BAT já tinha fechado capital de outras empresas em outros países nos últimos anos. A Souza Cruz deve ter sido das últimas que ainda restavam com capital aberto no grupo", disse o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.

"A empresa não tinha nenhuma grande necessidade de acessar o mercado de capitais e pode se financiar através da BAT mesmo.

Então concentrar a listagem apenas na controladora faz todo o sentido para eles no exterior", completou.

A Souza Cruz é uma das empresas listadas na bolsa com histórico de sólido retorno sobre dividendos, forte poder de precificação, elevados retornos e dominante participação de mercado.

O gestor e sócio na Principia Capital Management Marcello Paixão avaliou que o preço ofertado parece barato em relação ao histórico de Souza Cruz. "Se confirmada a oferta, o mercado perde uma empresa extremamente rentável e com elevada governança", disse.

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São Paulo - A British American Tobacco (BAT) avalia comprar todas as ações que não possui de sua controlada brasileira Souza Cruz , podendo desembolsar mais de 10 bilhões de reais se levar a ideia adiante e a operação tiver adesão maciça dos acionistas minoritários.

Em fato relevante nesta segunda-feira, a produtora brasileira de cigarros disse que sua sócia majoritária está estudando fazer uma oferta pública para aquisição de até a totalidade das ações em circulação da companhia, visando tirar a empresa da bolsa, e que pretende completar em até 30 dias todas as análises relacionadas à procedência ou não da oferta.

A BAT disse que o eventual preço a ser pago por ação da Souza Cruz será de 26,75 reais, o que representa um prêmio de 13,1 por cento sobre o valor de fechamento do papel da empresa brasileira na Bovespa na última sexta-feira.

Além disso, segundo a companhia britânica, o valor ora apresentado significa um acréscimo de 30 por cento sobre a média ponderada do preço de fechamento da ação da Souza Cruz nos três meses encerrados em 20 de fevereiro.

Em caso de a oferta ser concretizada e havendo adesão total dos minoritários, a British American Tobacco teria que gastar 10,1 bilhões de reais para adquirir as quase 380 milhões de ações da Souza Cruz que ainda não detém.

A BAT está negociado uma linha de crédito com uma instituição britânica para financiar a operação, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto, sob condição de anonimato.

Segundo a fonte, a BAT considerou fechar o capital da Souza Cruz quase cinco anos atrás, mas o plano foi suspenso porque o real estava muito valorizado na época, disse a fonte com conhecimento sobre o assunto ouvida pela Reuters.

Ações reagem

As ações da Souza Cruz abriram em forte alta na Bovespa e chegaram a subir quase 12 por cento na máxima, se aproximando do valor da possível oferta a ser feita pela BAT.

Perto do fechamento, às 16h51, os papéis da empresa brasileira tinham ganho de 7,19 por cento, cotados a 25,35 reais, enquanto o Ibovespa caía 0,16 por cento.

"Não era esperado, mas não surpreende dado que a BAT já tinha fechado capital de outras empresas em outros países nos últimos anos. A Souza Cruz deve ter sido das últimas que ainda restavam com capital aberto no grupo", disse o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.

"A empresa não tinha nenhuma grande necessidade de acessar o mercado de capitais e pode se financiar através da BAT mesmo.

Então concentrar a listagem apenas na controladora faz todo o sentido para eles no exterior", completou.

A Souza Cruz é uma das empresas listadas na bolsa com histórico de sólido retorno sobre dividendos, forte poder de precificação, elevados retornos e dominante participação de mercado.

O gestor e sócio na Principia Capital Management Marcello Paixão avaliou que o preço ofertado parece barato em relação ao histórico de Souza Cruz. "Se confirmada a oferta, o mercado perde uma empresa extremamente rentável e com elevada governança", disse.

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