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Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Vinícola urbana de Porto Alegre surgiu quando seu fundador, um dentista, enólogo e velejador, soube que era possível fazer vinho em centros urbanos

São produzidas pela vinícola 2.500 garrafas por ano, e a meta é aumentar para 4.000 em 2025. (Cave Poseidon/Getty Images)

São produzidas pela vinícola 2.500 garrafas por ano, e a meta é aumentar para 4.000 em 2025. (Cave Poseidon/Getty Images)

Publicado em 19 de julho de 2024 às 16h00.

Já surgiu alguma vinícola urbana na sua cidade? Esse tipo de empreendimento está crescendo no país, e grandes centros urbanos no Brasil agora abrigam fabricantes de vinhos.

Em um primeiro momento, pode parecer estranho. Como é possível haver uma vinícola em uma grande cidade, onde praticamente não há espaço verde? A resposta para esse questionamento é bem simples. Vinícola não é a mesma coisa que vinhedo.

Enquanto o vinhedo é o local onde se produz a uva – e aí sim geralmente é preciso uma grande área de terra -, a vinícola é onde se produz o vinho, e isso pode ser feito até mesmo em centros urbanos.

Enólogo e proprietário da Cave Poseidon, uma vinícola de Porto Alegre (RS) fundada em 2019, Carlo de Leo costuma dizer que o negócio de vinhos tem três vês: vinhedo, vinícola e vendas. “Cada área requer um tipo de conhecimento diferente”, afirma. “Existem vinhedos que não produzem vinho, ou que terceirizam a vinificação. Existem vinícolas que não têm vinhedos. Existem vinícolas que somente produzem para terceiros e não têm marca própria, e existem marcas de vinho que não têm vinhedo nem vinícola, mas são especialistas em vendas.”

Deu para entender um pouco melhor como funciona o setor?

Vinícola gaúcha Cave Poseidon oferece degustação de vinhos harmonizados com produtos locais artesanais de parceiros

Com formação também como dentista, Carlo teve a ideia de ingressar na área cerca de 16 anos atrás, quando soube que era possível fazer vinho na cidade, em casa. “Foi quando conheci um italiano que há muito tempo vinifica em casa”, conta. “Eu não tinha o espaço para fazer, mas quando adquiri e reformei o local onde hoje é a Cave, percebi que ali era possível colocar em prática aquele sonho.”

Com isso ele conseguiu dar vazão a esse projeto mesmo residindo em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul. Para ele, a cidade tem também o benefício de facilitar o acesso a alguns insumos.

A Cave Poseidon não tem vinhedos próprios, e compra as uvas de parceiros localizados na região da campanha gaúcha, na serra do sudeste e na serra do Rio Grande do Sul.

As vendas são feitas diretamente pela rede social, no Instagram, e pelo telefone. “Enviamos para todo o Brasil”, diz. Os vinhos da Cave Poseidon também estão em alguns poucos pontos de venda - até o momento, em lojas e sites especializados, tanto no Rio Grande do Sul como no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Além das vendas, Carlo promove eventos de degustação dos vinhos harmonizadas com produtos locais artesanais de parceiros, na sede da Cave Poseidon e também a bordo de veleiros, já que ele é um velejador.

São produzidas pela vinícola 2.500 garrafas por ano, e a meta é aumentar para 4.000 em 2025.

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