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Petrobras é 2ª maior empresa da América

Valor de mercado da empresa chega a US$ 220 bilhões com a capitalização e a deixa apenas atrás da americana Exxon

A oferta pública de ações da Petrobras é a maior já realizada no mundo (Arquivo)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

São Paulo - A oferta pública de aquisição de ações da Petrobras foi a maior feita no mundo e a transforma na segunda maior empresa em valor de mercado de toda a América, anunciou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em um ato que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras oficializou hoje uma emissão de 2,294 bilhões de ações ordinárias e de 1,78 bilhão de ações preferenciais por um valor de R$ 115,041 bilhões que serão negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova York.

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Segundo Mantega, a capitalização elevou o valor de mercado da empresa para cerca de US$ 220 bilhões, o que a torna a segunda maior companhia de capital aberto de toda a América, superada apenas pela americana Exxon (US$ 290 bilhões).

No discurso que proferiu no ato, Lula ressaltou que o objetivo da ampliação de capital da Petrobras é "impulsionar a competitividade econômica e garantir um novo ciclo de crescimento para erradicar a pobreza".

O presidente, que antes de seu discurso vestiu a jaqueta laranja dos operários da Petrobras, acrescentou que "não por acaso, a palavra Brasil se apresenta hoje aos olhos e ouvidos do mundo como sinônimo da fronteira mais promissora do desenvolvimento no século XXI".

Mantega afirmou que a Petrobras fez "a maior capitalização da história do capitalismo" e que superou a emissão recorde de US$ 36,8 bilhões da operadora japonesa de telecomunicações NTT em 1987, até então o maior lançamento de ações do mundo.

Mantega disse também que os objetivos da capitalização foram alcançados porque, além de captar recursos para financiar o milionário plano de investimentos da empresa, o Estado conseguiu aumentar sua participação no capital total de cerca 40% para 48%.

A Petrobras é uma empresa controlada pelo Estado (que possui mais de 50% das ações com direito a voto), mas com papéis negociados nas bolsas de São Paulo, Nova York, Madri e Buenos Aires.

Apesar da companhia ainda não ter divulgado o comunicado no qual descreve a forma como foram distribuídos os novos títulos, os analistas calculam que, para elevar sua participação no capital, o Governo tenha fornecido os R$ 74 bilhões inicialmente previstos.

O Estado brasileiro assinou a capitalização mediante a cessão do direito de exploração de jazidas ainda não licitadas à Petrobras, que contam com reservas de cinco bilhões de barris a um preço médio de US$ 8,51 por barril.

Isso significa que o Governo não desembolsou nada para aumentar sua participação na Petrobras.

Segundo o ministro da Fazenda, a capitalização permitirá à empresa aumentar seu caixa em US$ 25 bilhões, o que corresponderia aos recursos fornecidos pelos acionistas minoritários.

Esses recursos, acrescentou, permitirão financiar parte do ambicioso plano de investimentos da companhia até 2014, que chega a US$ 224 bilhões.

Para finalizar o ato, Lula, Mantega, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e outras autoridades presentes acionaram o sino de abertura dos negócios do dia na bolsa de São Paulo.

As novas ações serão distribuídas hoje e já começaram a ser negociadas na Bolsa de Nova York, enquanto na de São Paulo a oferta só começa na próxima segunda-feira.

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