Exame Logo

Embraer e Rockwell Collins avaliam vendas conjuntas de tecnologia

Subsidiárias da Embraer podem incluir produtos da Rockwell Collins em seus portfólios ou ter sua tecnologia incluída nas ofertas da parceira americana

Embraer: uma área para uma nova parceria com a Rockwell Collins poderia ser o programa Sisfron, que visa a proteger a fronteira do Brasil contra tráfico de armas e drogas (Matthew Lloyd/Bloomberg)
R

Reuters

Publicado em 4 de abril de 2017 às 08h50.

São Paulo - A fabricante norte-americana de componentes eletrônicos para aviação Rockwell Collins e a Embraer vão avaliar suas tecnologias de sensor e controle de fronteiras para possíveis vendas conjuntas, afirmou à Reuters o diretor da divisão de defesa da Embraer Jackson Schneider.

Schneider afirmou que as subsidiárias Bradar e Savis podem eventualmente incluir produtos da Rockwell Collins em seus portfólios ou ter sua tecnologia incluída nas ofertas da parceira norte-americana.

Veja também

"No momento não estamos identificando programas específicos (para vendas)", disse Schneider em entrevista na véspera da feira de defesa e segurança LAAD, no Rio de Janeiro, que começa nesta terça-feira.

"Eles estão olhando nossos melhores produtos para o portfólio internacional deles e estamos fazendo o mesmo com o deles aqui no Brasil", acrescentou o executivo.

Parcerias internacionais são comuns na indústria aeroespacial, especialmente em contratos de defesa em que relações estratégicas com governos são essenciais

Nos últimos anos, a Embraer se aliou à Boeing para vender e apoiar o jato militar de cargas KC-390, e também com a israelense Elbit Systems para estudar uma potencial joint venture para construção de drones.

Uma área para uma nova parceria com a Rockwell Collins poderia ser o programa do governo brasileiro Sisfron, que visa a proteger longos trechos da remota fronteira do país de 17 mil quilômetros contra tráfico de armas e drogas.

As subsidiárias da Embraer concluíram cerca de 70 por cento do contrato inicial do Sisfron, afirmou Schneider, acrescentando que avalia se o congelamento de gastos do governo federal comprometerá os 450 milhões de reais destinados ao programa em 2017.

As vendas conjuntas com a Rockwell Collins podem abrir novos mercados para o portfólio de defesa da Embraer, que cresceu à medida que os gastos militares do Brasil aumentaram no início da década, antes de o governo atrasar ou reduzir diversos programas devido à profunda recessão.

As vendas internacionais agora são cruciais para ampliar o horizonte de vários programas de defesa, como a aeronave de transporte militar KC-390 em desenvolvimento para Força Aérea Brasileira.

Schneider disse, ainda, que 20 delegações internacionais na LAAD, a maior feira de defesa e segurança da América Latina, manifestaram interesse e visitar um protótipo do KC-390 em uma base aérea nas proximidades.

"Estamos trabalhando ativamente para fechar uma venda internacional do KC-390", afirmou Schneider, sem identificar os nomes dos países que estão mais perto de fechar o acordo, nem um prazo para as negociações.

Acompanhe tudo sobre:EmbraerEmpresasParcerias empresariais

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame