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Eletrobras divulgará condições de venda de distribuidoras

Segundo o presidente da companhia, as condições serão divulgadas nos próximos dias

Eletrobras: a companhia prevê que a privatização dessas subsidiárias deverá ser concluída até o final do primeiro trimestre de 2018 (Nadia Sussman/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 12h14.

São Paulo - A estatal Eletrobras deverá divulgar nos próximos dias as condições de venda de suas seis distribuidoras de eletricidade que operam no Norte e Nordeste do país, disse nesta quarta-feira o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., que prevê que a privatização dessas subsidiárias deverá ser concluída até o final do primeiro trimestre de 2018.

O governo federal divulgou no final de agosto que pretende privatizar a Eletrobras como um todo, mas a companhia pretende concluir antes a venda das distribuidoras, um plano anterior e que já estava em andamento na companhia.

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Como as distribuidoras são fortemente deficitárias, a geração de caixa da Eletrobras, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), deverá aumentar em 1,1 bilhão de reais uma vez que seja concluída a venda, disse Ferreira.

Ele ressaltou que o movimento é importante também para a redução de dívidas almejada para a estatal.

Segundo Ferreira, que assumiu a presidência da companhia em julho do ano passado, a Eletrobras deverá fechar 2017 com uma relação entre dívida líquida e geração de caixa gerencial de 3,3 vezes, ante 4,7 vezes no final de junho.

Em 2018, se a empresa conseguir vender as distribuidoras e outros ativos, como fatias minoritárias em usinas e linhas de transmissão, a alavancagem "com certeza" irá cair para abaixo de 3 vezes, disse Ferreira, ao participar de evento do Clube Militar em São Paulo.

Segundo apresentação feita pelo executivo, a Eletrobras pode fechar 2018 com uma relação entre dívida líquida e geração de caixa de 2,4 vezes.

O executivo também defendeu os planos do governo de privatizar a Eletrobras, e disse que a companhia pode ganhar eficiência sob controle privado e continuar sendo uma das maiores empresas de energia no mundo, ou mesmo subir nesse ranking.

Segundo Ferreira, a forte oposição de sindicatos de trabalhadores da companhia aos planos de desestatização "é natural", uma vez que a elétrica precisará passar por um processo de enxugamento, com cortes de pessoal, para se reequilibrar financeiramente.

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