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Eike tem 5 ofertas potenciais por fatias em ativos da OGX

Número de interessados aumentou após o preço do barril chegar perto do nível mais alto em 29 meses

Equipe de exploração da OGX: reservas potenciais chegam a 6,7 bilhões de barris (André Valentim/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 12h31.

Rio de Janeiro - O bilionário Eike Batista disse que recebeu cinco propostas potenciais por participações em campos de petróleo controlados pela OGX Petróleo e Gás Participações SA depois que o preço do barril se aproximou do nível mais alto em 29 meses.

Eike disse ontem em uma entrevista que as ofertas não foram feitas por companhias chinesas, sem detalhar os potenciais ofertantes. Em setembro, ele havia dito que as chinesas Cnooc Ltd. e a China Petrochemical Corp. estariam entre os interessados.

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A OGX, que tem valor de mercado de R$ 61,6 bilhões (US$ 37,1 bilhões) e é a principal fonte de recursos de Eike, tem reservas potenciais de 6,7 bilhões de barris, de acordo com um relatório de 2009 da consultoria DeGolyer & MacNaughton. A empresa não precisa vender participações na Bacia de Campos, já que tem US$ 3 bilhões em caixa e o custo de desenvolvimento dos campos é baixo, disse ele durante entrevista na sede da Bloomberg em Nova York.

“Temos cinco ofertas potenciais, incluindo de petrolíferas, vamos decidir o que melhor nos satisfaz, mas em teoria não precisamos vender”, disse ele.

Eike disse em agosto que venderia até 30 por cento de sete blocos em Campos, contendo até 3,69 bilhões de barris de petróleo, para levantar recursos para novas explorações. Os campos estão localizados em águas rasas da costa brasileira.


Mais complexo

O mundo está “definitivamente” ficando sem petróleo e as pessoas precisam se acostumar com preços de US$ 100 por barril porque o acesso às reservas têm se tornado mais complexos e os mercados emergentes como China e Brasil têm puxado o aumento na demanda por combustível, disse ele.

A OGX, com sede no Rio de Janeiro, precisa que o preço de petróleo esteja em pelo menos US$ 22 por barril para que a empresa seja lucrativa, disse Eike. A companhia, que tem 90 por cento de suas áreas exploratórias em águas rasas, disse que pode ter a mesma produtividade que a de poços localizados nas águas profundas da região do pré-sal, onde foi feita a maior descoberta de petróleo do mundo desde 1976.

“É de extrema alta produtividade, o que significa baixos” investimentos necessários para a extração do petróleo, disse Eike. “É uma sorte”.

Primeira extração

A OGX espera para o terceiro trimestre sua primeira extração de petróleo no campo Waimea. A companhia quer produzir 20.000 barris por dia até o final do ano e 730.000 barris por dia até 2015. Em 2019, a empresa quer estar produzindo 1,28 milhão de barris ao dia.

A OGX teve um sucesso de 100 por cento na Bacia de Campos, onde opera cinco blocos e tem participação minoritária em outros dois. A empresa espera que a consultoria DeGolyer & MacNaughton termine uma certificação das reservas da companhia até o fim deste mês. Em 2009, a DeGolyer & MacNaughton estimou suas reservas potenciais em 6,7 bilhões de barris.

O BTG Pactual disse em um relatório de 10 de fevereiro que as informações sobre Waimea são muito “encorajadoras”. O comentário veio depois que a companhia divulgou resultado de testes que apontaram que as informações eram similares às “obtidas nos melhores poços do País.”

Eike, de 54 anos, é a pessoa mais rica do Brasil e a oitava do mundo, com bens avaliados em US$ 30 bilhões, segundo a revista Forbes. Ele vendeu uma participação da OGX, que ainda não produz petróleo, em junho de 2008.

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