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Eike admite interesse nas ações da Vale em poder da Previ

Conversas entre o bilionário e o fundo de pensão foram antecipadas por EXAME

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O bilionário Eike Batista admitiu publicamente o interesse em comprar as ações da Vale que estão em poder da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. O interesse de Eike foi revelado pela revista EXAME no mês passado no mês passado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Eike afirmou disse que seria “fantástico” chegar a um acordo com a Previ que lhe permita sentar no conselho da mineradora e participar de suas decisões estratégicas.

Eike afirmou que não chegou a apresentar um proposta firme de compra das ações do Bradesco, na Vale mas que as conversas existiram e poderiam ser retomadas no futuro. Mas, para o bilionário, neste momento seria menos complexo negociar a com a Previ.

Ele também fez coro ao discurso do governo, que pressiona a Vale a investir mais no Brasil e a agregar valor ao minério de ferro exportado principalmente para a China. "A Vale é o sonho de qualquer minerador. Ela poderia fazer investimentos para agregar valor aos produtos que exporta. E pode também ser um instrumento para dar eficiência à logística do país. Olhando de fora, enxergo na Vale diamantes não polidos a rodo", afirmou.

O presidente Lula já criticou a Vale por não construir siderúrgicas no Brasil, comprar navios fabricados por estaleiros chineses e investir demais no exterior. Segundo antecipou o Portal EXAME, Lula chegou até mesmo a criar um comitê de ministros para pressionar o presidente da Vale, Roger Agnelli, a deixar o cargo. Apesar de privada, a Vale tem entre seus acionistas controladores fundos de pensão estatais e o BNDES.

Em meio a esse tiroteio, Eike se posicionou claramente a favor do presidente Lula e contra Agnelli. O bilionário até mesmo sugeriu que o presidente da Previ, Sérgio Rosa, passasse a comandar a mineradora. "Acho que ele [Agnelli] fez uma gestão que tem méritos. (...) Quando ele assumiu, a Vale era uma empresa muito menor do que hoje. Mas, às vezes, existem fases em que se pode fazer projetos de retorno menor, mas mais interessantes para o país do que projetos só na área de mineração. A gente não pode ser um eterno exportador de matéria-prima", afirmou.
 

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