Efeito The Walking Dead? Empresas-zumbis crescem 50% no país
Segundo a consultoria KPMG, crise mundial elevou o número de empresas que não faturam o bastante para pagar suas dívidas
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2012 às 15h49.
São Paulo – A terceira temporada da badalada série "The Walking Dead", prevista para estrear no Brasil em meados de outubro, poderia trazer um personagem novo: o do empresário-zumbi brasileiro, cada vez mais visto na cena corporativa.
Segundo um levantamento da consultoria KPMG junto a 10 instituições financeiras, o número de “empresas-zumbis” cresceu 50% no Brasil, no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2010. A consultoria, no entanto, não revela quantas companhias encontram-se neste estado de morto-vivo.
As “empresas-zumbis” são aquelas que não geram caixa ou lucro suficientes para pagar suas dívidas e empréstimos bancários. Na prática, essas companhias utilizam os recursos para cobrir os custos de operação e as despesas administrativas, como folha de pagamento. A KPMG também não informou qual o montante da dívida em atraso dos zumbis brasileiros.
O problema, segundo a KPMG, é que, à medida que deixam de lado o pagamento das dívidas com os bancos , entram num círculo mortal que envolve o fim dos limites de crédito e uma crescente dificuldade para obter capital – o que só conseguem a taxas de juros cada vez maiores.
Pé na cova
Com as portas cada vez mais fechadas nos bancos, as “empresas-zumbis” começam a rolar dívida atrás de dívida, veem sua margem de lucro cair para próxima de zero e são incapazes de juntar os recursos necessários para investir em um salto de produtividade e receita que as tire dessa situação vegetativa.
Traduzindo, encontram-se numa situação de vender o almoço para comprar a janta – e a janta fica cada vez mais cara, já que os credores desconfiam de sua capacidade de pagamento.
Segundo a KPMG, há dois tipos de mortos-vivos perambulando pelo mercado brasileiro, hoje. O primeiro grupo é composto por empresas que passaram ou passam por uma recuperação judicial, mas que não implementaram medidas efetivas para se reestruturar. O segundo é formado por empresas afetadas pela crise mundial, que encareceu o crédito e fechou mercados consumidores no exterior, ao jogar diversos países da Europa em uma profunda recessão.
Alguns setores estão mais expostos à invasão dos zumbis, atualmente. Entre eles, a KPMG destaca os frigoríficos e o setor de açúcar e álcool. Será que Rick Grimes, o ex-xerife que acorda em meio a um mundo tomado por mortos-vivos, vai cruzar com algum zumbi de terno e gravata tentando convencê-lo a descontar uma duplicata de uma empresa brasileira, na próxima temporada de "The Walking Dead"?
São Paulo – A terceira temporada da badalada série "The Walking Dead", prevista para estrear no Brasil em meados de outubro, poderia trazer um personagem novo: o do empresário-zumbi brasileiro, cada vez mais visto na cena corporativa.
Segundo um levantamento da consultoria KPMG junto a 10 instituições financeiras, o número de “empresas-zumbis” cresceu 50% no Brasil, no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2010. A consultoria, no entanto, não revela quantas companhias encontram-se neste estado de morto-vivo.
As “empresas-zumbis” são aquelas que não geram caixa ou lucro suficientes para pagar suas dívidas e empréstimos bancários. Na prática, essas companhias utilizam os recursos para cobrir os custos de operação e as despesas administrativas, como folha de pagamento. A KPMG também não informou qual o montante da dívida em atraso dos zumbis brasileiros.
O problema, segundo a KPMG, é que, à medida que deixam de lado o pagamento das dívidas com os bancos , entram num círculo mortal que envolve o fim dos limites de crédito e uma crescente dificuldade para obter capital – o que só conseguem a taxas de juros cada vez maiores.
Pé na cova
Com as portas cada vez mais fechadas nos bancos, as “empresas-zumbis” começam a rolar dívida atrás de dívida, veem sua margem de lucro cair para próxima de zero e são incapazes de juntar os recursos necessários para investir em um salto de produtividade e receita que as tire dessa situação vegetativa.
Traduzindo, encontram-se numa situação de vender o almoço para comprar a janta – e a janta fica cada vez mais cara, já que os credores desconfiam de sua capacidade de pagamento.
Segundo a KPMG, há dois tipos de mortos-vivos perambulando pelo mercado brasileiro, hoje. O primeiro grupo é composto por empresas que passaram ou passam por uma recuperação judicial, mas que não implementaram medidas efetivas para se reestruturar. O segundo é formado por empresas afetadas pela crise mundial, que encareceu o crédito e fechou mercados consumidores no exterior, ao jogar diversos países da Europa em uma profunda recessão.
Alguns setores estão mais expostos à invasão dos zumbis, atualmente. Entre eles, a KPMG destaca os frigoríficos e o setor de açúcar e álcool. Será que Rick Grimes, o ex-xerife que acorda em meio a um mundo tomado por mortos-vivos, vai cruzar com algum zumbi de terno e gravata tentando convencê-lo a descontar uma duplicata de uma empresa brasileira, na próxima temporada de "The Walking Dead"?