Confins: em março, a EcoRodovias reiterou sua parceria com a alemã Fraport para participar das disputas pelos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), previstas para este ano (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 16h44.
São Paulo - Em meio as preparações para os diversos leilões de concessão de rodovias, portos e aeroportos previstos para este ano, a empresa de logística Ecorodovias deu início a uma reestruturação de sua diretoria, que inclui a criação de cargos para negócios, gestão de pessoas e jurídico.
A empresa espera assim se preparar para a entrada em segmentos aos quais ainda não atua, como aeroportos, e abrir caminho para ampliar sua folha de pagamento e evitar problemas jurídicos, como o que atrasou a assinatura do contrato da concessão de um trecho da BR-101 (ES).
Pela mudança feita, a Ecorodovias agora têm os cargos de diretor de Desenvolvimento de Negócios, que será ocupado por Luiz Cesar Costa, de Gestão de Pessoas, para o qual foi nomeado Claudio Costa, e Jurídico, ocupado por Marcelo Lucon.
"Essas três diretorias foram consolidadas agora e fazem parte da reestruturação da diretoria da holding em face dos novos desafios", explicou Marcelo Lucon em entrevista por telefone.
"Esse repertório de diferentes negócios precisa ser organizado. A geografia (das concessões) é nacional, e os problemas passam a ser nacionais. Desde Tribunais Superiores até os novos marcos regulatórios", completou.
O novo diretor jurídico acrescentou que, após a compra de uma participação no terminal Tecondi, no Porto de Santos (SP), e da criação da empresa de logística Elog, em 2010, a Ecorodovias entrará no seguimento aeroportuário.
"O próximo passo é o modal de aeroportos e tudo traz desafio de como lidar com isso do ponto de vista jurídico", disse.
Em março, a empresa reiterou sua parceria com a alemã Fraport para participar das disputas pelos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), previstas para este ano.
Recentemente, a empresa enfrentou problemas para a assinatura do contrato de concessão da BR-101 no Espírito Santo, devido a um recurso na Justiça do segundo colocado. A licitação foi vencida em janeiro de 2012, mas o contrato foi assinado apenas em abril deste ano.
Folha de pagamento
Em meio as expectativas de ampliar os segmentos de atuação, a Ecorodovias também espera elevar sua folha de pagamento dos atuais 6 mil funcionários para cerca de 10 mil em cinco anos.
Segundo Claudio Costa, diretor de Gestão de Pessoas, os novos funcionários serão contratados de acordo com os resultados das licitações que a empresa vencer.
Além de aeroportos, a Ecorodovias já demonstrou interesse em participar da licitação dos trechos da BR-101 na Bahia e da BR-262, que liga Minas Gerais ao Espírito Santo, e está atenta às concessões rodoviárias estaduais.
"Aeroportos, também é um efetivo grande. Todo o planejamento de cinco anos de novas aquisições vai levar o grupo a ter um efetivo bastante grande", disse Claudio Costa também em entrevista por telefone.
Sobre uma possível dificuldade de encontrar mão-de-obra qualificada, o executivo minimizou o problema.
"De fato, o mercado em economia pleno emprego traz uma complexidade maior (...) No ponto de vista de atração e retenção, a gente tem tido alguma vantagem em relação a mercado", disse.