Doux Frangosul não cumpre cronograma de pagamentos
O último acordo previa que a companhia efetuasse os pagamentos em duas etapas: a primeira até o dia 14 de julho e a segunda até o dia 20
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2011 às 20h07.
São Paulo - A Doux Frangosul voltou a descumprir o cronograma de pagamentos combinado com os seus integrados. O último acordo previa que a companhia efetuasse os pagamentos em duas etapas: a primeira até o dia 14 de julho e a segunda até o dia 20. Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Elton Weber, isso não aconteceu. "Queremos uma explicação sobre o não pagamento e precisamos que a empresa, de fato, pague e nos mostre com quais recursos serão quitados os débitos", disse Weber, ressaltando que os atrasos estão em mais de 120 dias.
Segundo ele, diante da falta de pagamentos, será solicitada uma reunião com a empresa na próxima quarta-feira, 27, em busca de solução. A comissão de integrados da Fetag, a direção da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), prefeitos da região e alguns produtores integrados de aves e suínos da empresa se reuniram hoje na Fetag e decidiram que a partir de amanhã haverá orientação para que os integrados não façam mais o alojamento de animais e que ingressem na Justiça para cobrança dos débitos, além de prováveis mobilizações. "Essas serão as formas de pressão, caso haja negativa da Doux Frangosul, no encontro da semana que vem, em relação aos pagamentos", completa.
A empresa, por meio de comunicado, afirmou que foi necessário redefinir algumas datas com os produtores. "O pagamento diário continua a ser realizado e a empresa ratifica o acordo firmado com os produtores para a redução progressiva da dívida até final de agosto, o que corresponderia à redução dos débitos em mais de 50%", diz a empresa, no documento.
Crise
Cerca de 600 de 1,3 mil funcionários da empresa na unidade de Passo Fundo (RS) estão em greve desde terça-feira para reajustes salariais. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Passo Fundo, os trabalhadores pedem um reajuste de 16,1% no piso salarial de R$ 650 e 8,5% para valores acima deste.
Entretanto, a Doux informou, também por meio de comunicado, que a proposta de dissídio apresentada foi de reajuste de 10,77% para o piso e de 8% para os funcionários que recebem entre o piso e o valor de R$ 2.289 por mês. Ainda na proposta, a Doux ofereceu reajuste salarial de 6,3% para quem recebe acima de R$ 2.289, além de aumento do auxílio escolar de 8,45% e do Programa de Participação nos Resultados (PPR) mínimo de 9,09%. "A companhia informa que todas as iniciativas propostas cobrem o INPC apurado no período, que foi de 6,3% e representam ganhos significativos aos seus colaboradores".
Segundo a empresa, os porcentuais de reajustes salariais ainda estão em negociação com as entidades sindicais e, mesmo com a greve, a fábrica de Passo Fundo opera normalmente. A Doux Frangosul, com dez unidades no Brasil, tem enfrentado problemas no País, com atrasos no pagamento de fornecedores desde o início de 2008, em consequência da crise econômica mundial. Em junho do ano passado, e empresa vendeu seus ativos de peru à Marfrig Alimentos por R$ 65 milhões. A operação, com capacidade de abate de 30 mil aves por dia, representava 6% do abate total da empresa no Brasil.
São Paulo - A Doux Frangosul voltou a descumprir o cronograma de pagamentos combinado com os seus integrados. O último acordo previa que a companhia efetuasse os pagamentos em duas etapas: a primeira até o dia 14 de julho e a segunda até o dia 20. Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Elton Weber, isso não aconteceu. "Queremos uma explicação sobre o não pagamento e precisamos que a empresa, de fato, pague e nos mostre com quais recursos serão quitados os débitos", disse Weber, ressaltando que os atrasos estão em mais de 120 dias.
Segundo ele, diante da falta de pagamentos, será solicitada uma reunião com a empresa na próxima quarta-feira, 27, em busca de solução. A comissão de integrados da Fetag, a direção da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), prefeitos da região e alguns produtores integrados de aves e suínos da empresa se reuniram hoje na Fetag e decidiram que a partir de amanhã haverá orientação para que os integrados não façam mais o alojamento de animais e que ingressem na Justiça para cobrança dos débitos, além de prováveis mobilizações. "Essas serão as formas de pressão, caso haja negativa da Doux Frangosul, no encontro da semana que vem, em relação aos pagamentos", completa.
A empresa, por meio de comunicado, afirmou que foi necessário redefinir algumas datas com os produtores. "O pagamento diário continua a ser realizado e a empresa ratifica o acordo firmado com os produtores para a redução progressiva da dívida até final de agosto, o que corresponderia à redução dos débitos em mais de 50%", diz a empresa, no documento.
Crise
Cerca de 600 de 1,3 mil funcionários da empresa na unidade de Passo Fundo (RS) estão em greve desde terça-feira para reajustes salariais. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Passo Fundo, os trabalhadores pedem um reajuste de 16,1% no piso salarial de R$ 650 e 8,5% para valores acima deste.
Entretanto, a Doux informou, também por meio de comunicado, que a proposta de dissídio apresentada foi de reajuste de 10,77% para o piso e de 8% para os funcionários que recebem entre o piso e o valor de R$ 2.289 por mês. Ainda na proposta, a Doux ofereceu reajuste salarial de 6,3% para quem recebe acima de R$ 2.289, além de aumento do auxílio escolar de 8,45% e do Programa de Participação nos Resultados (PPR) mínimo de 9,09%. "A companhia informa que todas as iniciativas propostas cobrem o INPC apurado no período, que foi de 6,3% e representam ganhos significativos aos seus colaboradores".
Segundo a empresa, os porcentuais de reajustes salariais ainda estão em negociação com as entidades sindicais e, mesmo com a greve, a fábrica de Passo Fundo opera normalmente. A Doux Frangosul, com dez unidades no Brasil, tem enfrentado problemas no País, com atrasos no pagamento de fornecedores desde o início de 2008, em consequência da crise econômica mundial. Em junho do ano passado, e empresa vendeu seus ativos de peru à Marfrig Alimentos por R$ 65 milhões. A operação, com capacidade de abate de 30 mil aves por dia, representava 6% do abate total da empresa no Brasil.