Dona da Vivo se une a fundo do Canadá para criar empresa de fibra óptica no Brasil
CDPQ vai investir até R$ 1,8 bilhão na joint venture com o Grupo Telefónica
Agência O Globo
Publicado em 2 de março de 2021 às 20h39.
Última atualização em 2 de março de 2021 às 20h46.
Após a Oi assinar acordo para vender parte de sua InfraCo, empresa de fibra óptica, o Grupo Telefónica, dono da Vivo , anunciou hoje acordo para criar sua própria companhia de rede, batizada de FiBrasil. De acordo com o comunicado, a companhia espanhola vai se associar com a Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), um grupo de investimento global com sede no Canadá.
A dona da Vivo e a CDPQ vai construir, desenvolver e operar uma rede neutra e independente de fibra óptica para o atacado. Ou seja, a ideia é que essa companhia alugue rede para outras empresas do setor de telecomunicações e indústrias. A CDPQ está investindo cerca de 1,8 bilhão de reais na joint venture, incluindo pagamentos primários e secundários.
Além da Oi, a TIM também está construindo sua própria estratégia e vai anunciar seus planos nas próximas semanas. Nesse primeiro momento, a FiBrasil vai operar redes de fibra em cidades de médio porte fora do estado de São Paulo a provedores de telecomunicações.
"A nova empresa já começa com um portfólio de 1,6 milhão de casas passadas, oriundos da Telefônica Brasil, e pretende expandir a rede para 5,5 milhões de domicílios em um período de quatro anos, acelerando a migração dos clientes para a fibra e contribuindo, assim, para o desenvolvimento tecnológico do país", informou a empresa.
A meta é se preparar para a chegada da rede 5G, cujo edital do certame foi aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel ). A expectativa é de investimentos de até 35 bilhões de reais no país. A união entre a Vivo e a CDPQ ainda depende do aval regulatório. A conclusão está prevista para ocorrer no segundo trimestre de 2021.
"A Vivo será o principal cliente da FiBrasil. A transação está dentro de nossos pilares estratégicos e, ao mesmo tempo, ter um uso ainda mais eficiente de recursos financeiros", disse Christian Gebara, presidente da Telefônica Brasil.
Para ele, "a fibra será um fator-chave para o crescimento futuro da receita da Vivo, com o objetivo de atingir pelo menos 24 milhões de casas com fibra até o final de 2024.