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Domino's quer pizza em 3 minutos para manter ações em alta

A Domino’s, cujas ações deram um salto de mais de 800 por cento em cinco anos, que levar o conceito de fast food a outro nível com a pizza de 3 minutos


	Unidade da pizzaria Domino's: a rede está testando uma tecnologia de preparação de alta velocidade
 (Divulgação)

Unidade da pizzaria Domino's: a rede está testando uma tecnologia de preparação de alta velocidade (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 21h13.

A Domino’s Pizza Enterprises, cujas ações deram um salto de mais de 800 por cento em cinco anos, que levar o conceito de fast food a outro nível com a pizza de três minutos.

A maior rede de pizzarias da Austrália está testando uma tecnologia de preparação de alta velocidade e robôs de entrega de classe militar em uma tentativa de reduzir os tempos normais de preparação e entrega em mais da metade, disse o CEO Don Meij em entrevista.

Ele está chamando a iniciativa de Projeto 3-10: pizza pronta para levar em três minutos ou na sua porta em 10.

“O crescimento que virá disso será alucinante”, disse o CEO de 47 anos que começou sua carreira de três décadas na Domino’s como entregador.

O desafio de Meij é manter o crescimento que na década passada multiplicou os lucros por 10 e transformou a Domino’s na ação de melhor desempenho entre as empresas de consumo da Austrália. Após convencer os clientes a fazer mais pedidos pelo celular, Meij está propondo que eles abracem outras inovações pensadas para alimentá-los mais rapidamente -- como um robô sobre rodas de 180 quilos que escaneia o olho do cliente antes de entregar a ele a pizza quente e o refrigerante gelado.

Nos últimos 10 anos, os investidores da Domino’s receberam um retorno total de mais de 2.000 por cento com o aumento dos lucros, segundo dados da Bloomberg. Contudo, as expectativas estão esfriando: a ação deverá avançar apenas 6 por cento no próximo ano, após ganhos médios de 60 por cento nos últimos sete anos, mostram os dados. Os papéis estavam em 57,08 dólares australianos às 13 horas desta segunda-feira em Sidney.

A Domino’s Pizza Enterprises, que tem sede em Brisbane, é a maior franquia de fora dos EUA da marca de pizza para pronta entrega de propriedade da Domino’s Pizza. Além de restaurantes na Austrália e na Nova Zelândia, a empresa também opera redes no Japão e em alguns países europeus e tem um valor de mercado de 5 bilhões de dólares australianos (US$ 3,8 bilhões).

A preparação de uma nova pizza do zero em três minutos exige novos fornos que emitem calor em várias direções, segundo Meij. Nos testes, essa tecnologia já reduziu os tempos de preparação pela metade, para quatro minutos. E embora a meta de três minutos para pizzas entregues no balcão até o momento continue sendo ilusória, Meij avalia que a meta de entrega em 10 minutos para a maioria dos pedidos australianos é alcançável em um prazo de três anos.

Testes com robôs

A Domino’s deverá testar entregas robóticas de pizza neste mês em Brisbane e a máquina deverá estar trabalhando nas ruas australianas em 2018, disse Meij. O entregador-robô terá um custo benefício melhor e será mais seguro que um humano, disse Meij. Ele será até capaz de assar a pizza no caminho. Contudo, as últimas metas de Meij também dependem de que milhares dos novos restaurantes reduzam as distâncias de entrega.

“Em última análise, precisamos de mais lojas”, disse Meij. “Precisamos levar a cozinha para mais perto de você e torná-la realmente eficiente”.

Até 2025 o grupo poderá administrar 4.250 restaurantes em todo o mundo, segundo uma apresentação de Meij de fevereiro. Para cumprir essa meta -- quase 2.000 lojas adicionais --, a Domino’s precisará abrir um novo restaurante dia sim, dia não.

A empresa poderá ingressar em novos mercados em 2017, seja comprando redes existentes da Domino’s, seja convertendo empresas de pizza locais, disse ele.

“Apesar de estarmos em três regiões do mundo no momento, não nos opomos a entrar em uma quarta”, disse ele. “Gostaríamos de estar em mais países”.

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