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Dólar deve ecoar na revisão tarifária da AES Eletropaulo

Esse é um dos fatores considerados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na definição do porcentual da revisão

"Por enquanto, ao que me parece, a variação cambial continua no encargo das distribuidoras. Então, uma subida do dólar irá interferir na energia de Itaipu", destacou Britaldo Soares (Divulgação/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2013 às 15h56.

São Paulo - A valorização do dólar frente ao real registrada nos últimos dias deverá refletir na revisão tarifária da AES Eletropaulo, prevista para o dia 4.

Esse é um dos fatores considerados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na definição do porcentual da revisão. O processo é acompanhado de perto por analistas e investidores, principalmente após a Aneel ter estabelecido uma redução de 9,33% na revisão da AES Eletropaulo em 2012.

"Por enquanto, ao que me parece, a variação cambial continua no encargo das distribuidoras. Então, uma subida do dólar irá interferir na energia de Itaipu", destacou o presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Soares, após participar do Seminário Sustentabilidade - do Brasil de 2013 para o Brasil de 2050, nesta terça-feira. "No nosso caso, está acontecendo (a alta do dólar) um mês antes do reajuste anual. Se isso acontece para uma distribuidora logo depois do reajuste, com o descolamento, o efeito fica mais relevante. Mas para nós não será muito relevante (o efeito causado por esse descolamento)", complementou.

Projeto do setor, ainda não regulamentado, reduz o impacto do câmbio nas tarifas de Itaipu Binacional, ao transferir para o Tesouro Nacional o risco cambial na operação de compra de energia daquela usina. Soares optou por não fazer projeções sobre o possível ajuste de 2013. Ele também não comentou o andamento do recurso contra o processo de revisão tarifária de 2012. "Precisamos apresentar argumentos à Aneel para que ela reconsidere e, com base em considerações técnicas e regulatórias, faça o julgamento adequado", destacou. Pouco antes, Soares comentava os investimentos feitos pela Eletropaulo no trabalho de redução de perdas no sistema elétrico.

O processo de revisão tarifária deste ano deverá considerar, além do efeito cambial, a necessidade de despacho das térmicas (com impacto avaliado em mais de R$ 10 bilhões no sistema) e a diferença do atraso da revisão tarifária da AES Eletropaulo no ano passado, entre outros fatores. "Vamos aguardar", disse, após ser questionado sobre a expectativa da companhia em relação a esses temas.

Energia

O presidente da AES Eletropaulo também destacou que o grupo aguarda avanços entre Brasil e Argentina em relação às tratativas acerca da usina Uruguaiana, que depende de gás natural fornecido pelo país vizinho. "A usina está em totais condições de operar", disse. A questão está na oferta de gás natural.

Soares também reiterou que a AES continua a analisar a usina Três Irmãos, a ser leiloada até setembro, de acordo com o que foi confirmado nesta terça-feira pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. "Precisamos ver quais serão as condições do leilão. Por ser aqui em São Paulo e estar próximo de nossas usinas, é algo que vamos olhar com carinho", afirmou o presidente da AES.

Sobre os leilões de contratação de energia, Soares destacou que qualquer participação da AES em leilões como o A-5, previsto para o segundo semestre deste ano, estará vinculada à necessidade de compra por parte da empresa. No caso do leilão A0, que poderá ser realizado neste ano, a participação do grupo é mais provável. "No A0, havendo oferta, vamos estar lá para cobrir a posição que a gente. Estamos hoje com 96%, ou seja, 4% de exposição", revelou - a companhia precisa comprar no mercado energia equivalente a esses 4% para equacionar a oferta ao volume necessário.

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São Paulo - A valorização do dólar frente ao real registrada nos últimos dias deverá refletir na revisão tarifária da AES Eletropaulo, prevista para o dia 4.

Esse é um dos fatores considerados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na definição do porcentual da revisão. O processo é acompanhado de perto por analistas e investidores, principalmente após a Aneel ter estabelecido uma redução de 9,33% na revisão da AES Eletropaulo em 2012.

"Por enquanto, ao que me parece, a variação cambial continua no encargo das distribuidoras. Então, uma subida do dólar irá interferir na energia de Itaipu", destacou o presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Soares, após participar do Seminário Sustentabilidade - do Brasil de 2013 para o Brasil de 2050, nesta terça-feira. "No nosso caso, está acontecendo (a alta do dólar) um mês antes do reajuste anual. Se isso acontece para uma distribuidora logo depois do reajuste, com o descolamento, o efeito fica mais relevante. Mas para nós não será muito relevante (o efeito causado por esse descolamento)", complementou.

Projeto do setor, ainda não regulamentado, reduz o impacto do câmbio nas tarifas de Itaipu Binacional, ao transferir para o Tesouro Nacional o risco cambial na operação de compra de energia daquela usina. Soares optou por não fazer projeções sobre o possível ajuste de 2013. Ele também não comentou o andamento do recurso contra o processo de revisão tarifária de 2012. "Precisamos apresentar argumentos à Aneel para que ela reconsidere e, com base em considerações técnicas e regulatórias, faça o julgamento adequado", destacou. Pouco antes, Soares comentava os investimentos feitos pela Eletropaulo no trabalho de redução de perdas no sistema elétrico.

O processo de revisão tarifária deste ano deverá considerar, além do efeito cambial, a necessidade de despacho das térmicas (com impacto avaliado em mais de R$ 10 bilhões no sistema) e a diferença do atraso da revisão tarifária da AES Eletropaulo no ano passado, entre outros fatores. "Vamos aguardar", disse, após ser questionado sobre a expectativa da companhia em relação a esses temas.

Energia

O presidente da AES Eletropaulo também destacou que o grupo aguarda avanços entre Brasil e Argentina em relação às tratativas acerca da usina Uruguaiana, que depende de gás natural fornecido pelo país vizinho. "A usina está em totais condições de operar", disse. A questão está na oferta de gás natural.

Soares também reiterou que a AES continua a analisar a usina Três Irmãos, a ser leiloada até setembro, de acordo com o que foi confirmado nesta terça-feira pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. "Precisamos ver quais serão as condições do leilão. Por ser aqui em São Paulo e estar próximo de nossas usinas, é algo que vamos olhar com carinho", afirmou o presidente da AES.

Sobre os leilões de contratação de energia, Soares destacou que qualquer participação da AES em leilões como o A-5, previsto para o segundo semestre deste ano, estará vinculada à necessidade de compra por parte da empresa. No caso do leilão A0, que poderá ser realizado neste ano, a participação do grupo é mais provável. "No A0, havendo oferta, vamos estar lá para cobrir a posição que a gente. Estamos hoje com 96%, ou seja, 4% de exposição", revelou - a companhia precisa comprar no mercado energia equivalente a esses 4% para equacionar a oferta ao volume necessário.

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