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Do papel aos móveis: como esta empresa do Paraná planeja faturar R$ 1 bi vendendo produtos químicos

A SB Chemicals é conhecida por liderar o fornecimento de produtos químicos para o mercado de papel e celulose no Brasil, atendendo cerca de 80% do setor com pelo menos um de seus produtos

SB Chemicals, empresa do Paraná de produtos químicos,se aproxima do R$ 1 bilhão (SB Chemicals/Divulgação)
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 18 de novembro de 2024 às 11h55.

A SB Chemicals, dona das marcas Siderquímica e Rochesa, está prestes a bater um novo recorde de faturamento: a marca de R$ 1 bilhão.

O grupo paranaense fundado em 1979 trabalha com tecnologias químicas para diversos setores industriais, incluindo papel e celulose, tintas para a indústria moveleira e o segmento têxtil. Nos últimos cinco anos dobrou de tamanho, apostando aprimoramento da governança e na modernização de suas unidades fabris e centros de pesquisa.

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“Destinamos mais de R$ 70 milhões para a expansão e modernização das fábricas e centros de pesquisa, com foco em automação e sustentabilidade. Foi um investimento essencial para nossa estratégia de crescimento”, diz Ferdinando Bonetti, vice-presidente do Grupo SB Chemicals.

O investimento incluiu automação, ampliação da capacidade produtiva e aquisição de novas tecnologias, como biofermentadores para corantes naturais. Além disso, a recente aquisição da Primer Brasil, especializada em tintas à base d'água, reforçou a posição da Rochesa como líder no setor de tintas para a indústria moveleira.

A empresa é reconhecida por liderar o fornecimento de produtos químicos para o mercado de papel e celulose no Brasil, atendendo cerca de 80% do setor com pelo menos um de seus produtos. Entre as principais soluções estão insumos para processos industriais, como corantes, vernize e outros produtos desenvolvidos sob demanda.

Como o negócio foi criado

Fundado em 1979 pelo italiano Stefano Bonetti, o Grupo SB Chemicals se estabeleceu inicialmente como um fornecedor de lubrificantes industriais e óleo para deformar metais, atendendo grandes montadoras como Ford, GM e Volkswagen.

Em 1998, a venda da marca Quaker Chemical para uma multinacional marcou o início de uma nova fase, com a família Bonetti diversificando seus negócios e expandindo suas operações. A primeira aquisição da companhia ocorreu em 2022, quando adquiriu 60% da Rochesa, do segmento de tintas e vernizes, com a incorporação total em 2007.

Nos últimos anos, o foco se voltou para a base florestal, com investimentos em tecnologias químicas para os setores de celulose e papel, bem como soluções para chapas de madeira utilizadas na indústria moveleira.

Como a companhia funciona

Hoje, a SB Chemicals é um importante player no mercado de papel e celulose, e também uma referência no segmento de tintas moveleiras.

O grupo está dividido em três grandes áreas de atuação: papel e celulose, que representa cerca de 35% do faturamento; tintas para o setor moveleiro, com 50%; e o segmento têxtil, que responde por 15%.

“Nosso diferencial está em oferecer não apenas um produto químico, mas soluções completas que ajudam a resolver as dores dos nossos clientes”, diz Bonetti.

O executivo afirma que a companhia se destaca no atendimento técnico, prestando suporte especializado e buscando sempre agregar eficiência e sustentabilidade.

Nos últimos cinco anos, a SB Chemicals dobrou praticamente de tamanho, estruturando a governança e a gestão financeira.

“Em 2014 enfrentamos um momento difícil no mercado, mas aproveitamos para investir internamente e nos preparar para crescer. Essas apostas se pagaram e hoje estamos colhendo os resultados”,  diz Bonetti.

Hoje, a empresa é reconhecida pela liderança em papel e celulose no Brasil, sendo fornecedora para grandes nomes do setor, como Klabin e Suzano, além de ter presença no mercado internacional.

Para 2025, a empresa que acelerar sua internacionalização. A expectativa é que as exportações se tornem uma alavanca significativa para o crescimento do grupo, com um foco especial nos mercados da América do Norte e América Latina.

“A internacionalização é o caminho natural para nosso crescimento. Já temos vendas regulares para os Estados Unidos, Canadá, México, Guatemala e Honduras, e vemos um grande potencial para expandir ainda mais nossa presença global”, diz o vice-presidente.

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