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Diretor conta como a Olympikus se sobressaiu em meio à pandemia

Márcio Callage, diretor de marketing da Vulcabras Azaleia, detentora da marca Olympikus, fala sobre como a empresa encarou a crise do coronavírus

Olympikus: empresa aumentou suas vendas online em 300% nos primeiros meses da pandemia (Divulgação/Divulgação)
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Carolina Ingizza

Publicado em 11 de outubro de 2020 às 16h48.

Há 45 anos no mercado, a Olympikus é a maior marca de produtos esportivos do Brasil atualmente. No entanto, assim como os pequenos negócios , a empresa teve de se adaptar à nova realidade provocada pela pandemia de covid-19 , criando estratégias para fortalecer o e-commerce e para inovar no marketing. O resultado foi um crescimento de 300% nas vendas online e um programa voltado para a geração de renda a partir de vendas da marca.

Na entrevista a seguir, o publicitário Márcio Callage, diretor de marketing da Vulcabras Azaleia, detentora da marca Olympikus, fala sobre como a empresa encarou a crise do coronavírus e como a “brasilidade” pode ainda ser um diferencial.

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A Olympikus divulgou um aumento de 300% em vendas online durante os primeiros meses da pandemia. A que você atribui esse resultado?

Felizmente tivemos esse crescimento, que só foi possível porque temos encarado o e-commerce como uma de nossas prioridades. Já estávamos construindo uma estratégia de logística, mídia e performance que pudesse atender a um futuro crescimento, que surgiu no momento da pandemia. Com o cenário atual passamos a concentrar mais esforços sobre o e-commerce, que hoje está apto a receber novos consumidores.

Com a chegada da pandemia, academias e parques tiveram de ser fechados e a prática esportiva sofreu um impacto. Como a empresa reagiu?

Entendemos que era o momento de convidar as pessoas a ficar em casa e deixar a corrida para depois. Como marca brasileira, que o distanciamento social precisava fazer parte do comportamento das pessoas para preservar quem realmente precisava sair para trabalhar. Em paralelo, estávamos em busca do que poderia ser feito para ajudar a comunidade do esporte, que ficou enfraquecida. Diversos profissionais liberais dessa área ficaram sem renda. Foi dessa perspectiva que nasceu o Corre Junto Brasil, um programa que permite às pessoas venderem produtos Olympikus e ganharem uma comissão. Essas pessoas são parte da comunidade em que atuamos e é nossa missão fortalecer esse elo.

Como funciona o programa?

O Corre Junto Brasil convida todos os brasileiros a se cadastrarem para vender online os produtos da marca. Hoje temos mais de 6 mil inscritos no programa e um número expressivo de pedidos. E, recentemente, lançamos a Escola do Corre, que ensina o brasileiro a se tornar um empreendedor digital. A plataforma oferece gratuitamente uma trilha de conteúdos sobre como vender na internet, construir sua audiência, portfólio de produtos e tecnologias da Olympikus para embasar o argumento de vendas.

A Olympikus sempre se posicionou como uma marca “brasileira”. Essa estratégia continua válida?

Ser uma marca esportiva brasileira nos torna únicos e nos permite jogar em um território que agrega todos os valores positivos de ser brasileiro. Nesse momento em que o consumo é visto como um ato político, cuja decisão de compra passa por questionamentos conscientes, a ideia de comprar produtos Olympikus ganha mais força. Afinal, ao adquirir um produto brasileiro e feito por brasileiros, ajudamos a gerar mais empregos, o dinheiro circula internamente, o consumo aumenta e gera retorno para manter nossos funcionários.

Você acredita que o consumidor do pós-pandemia mudou? O que ele deseja agora?

Vivemos um momento favorável para a conscientização e o consumidor está mais aberto a ouvir novas ideias. Cabe às marcas pautar reflexões. O Brasil é capaz de produzir tecnologia de ponta e existe uma marca forte que beneficia diversos elos da cadeia nacional — trade, fornecedores, funcionários, parceiros de negócios e o próprio consumidor.

 

Ainda é possível inovar no varejo de esportes?

Estamos vivendo uma era de profundas transformações. A todo momento existe a oportunidade de um pequeno negócio se sobressair. um pequeno negócio se sobressair. Eu acredito que há espaço para esse nicho, e a venda direta é um deles. Quando os afiliados estão vendendo pelo Instagram ou em outros canais, isso abre um espaço de inovação. Toda pessoa tem grande potencial para, a partir de seu espaço digital, gerar negócios e ser um curador naquele perfil de produto. Se esse indivíduo se especializar em seu nicho, vai ajudar outras pessoas a comprarem o melhor produto, oferecendo um atendimento mais personalizado. Esse tipo de experiência torna-se mais atrativa para o consumidor.

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