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Diniz terá 17% de participação no Novo Pão de Açúcar

Participação do executivo é direta e indireta após a fusão com o Carrefour no Brasil

Diretamente, Abilio Diniz terá 10,5% do NPA (Edu Lopes/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 11h14.

São Paulo - O empresário Abilio Diniz terá participação, direta e indireta, de 17% no Novo Pão de Açúcar (NPA), empresa a ser criada após a provável fusão da rede brasileira com o Carrefour no Brasil. Já a rede francesa Casino terá 29%, segundo Pércio de Souza, sócio da Estater, consultoria financeira que estruturou a fusão, representando Diniz.

A participação de Diniz é dividida em duas partes. Diretamente, ele terá 10,5% do NPA. Indiretamente, por meio da Wilkes, ele terá mais 6,5%. Com o Casino ocorre o mesmo. Diretamente terá 15,7% e, indiretamente, por meio da Wilkes, 14,1%.

"Não é uma proposta hostil. Está sujeita à aprovação dos acionistas e dos conselhos das duas empresas. Nós achamos que o resultado gera um valor enorme para as duas empresas. É uma operação ganha-ganha", disse Percio. Todas as instâncias societárias do Pão de Açúcar e do Carrefour precisam aprovar a operação, além da diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O banco vai injetar 1,7 bilhão de euros na operação.

Cade

Souza disse que a Estater já trabalha em uma proposta para apresentar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O executivo não deu maiores detalhes de quando fará a apresentação. Excluindo o BNDES, a operação não foi comunicada oficialmente a outros órgãos do governo. "Não temos nem a aprovação do conselho do Carrefour nem do Pão de Açúcar, por isso achamos que não tínhamos o que apresentar ao Cade. Vamos conversar com nossos advogados para preparar a apresentação."

A Estater já trabalhou para outras operações do Pão de Açúcar, como a compra do Ponto Frio. Segundo Souza, o BTG procurou a gestora há cerca de um mês, em um momento que a estrutura da fusão estava bem avançada. "Estávamos estruturando a operação para o Abilio Diniz, como acionista. O Pão de Açúcar não sabia da operação", disse o gestor.

Na proposta de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour está previsto que os acionistas da CBD (Grupo Pão de Açúcar) vão migrar para uma nova empresa a ser criada, o Novo Pão de Açúcar (NPA), segundo explicou Percio. As ações ordinárias dos acionistas da CDB serão trocadas na relação de uma para uma com as ações ON do NPA. Já a relação de troca das preferenciais da CBD será de 0,95 papéis desta empresa para 1 ON da NPA.

O NPA terá apenas ações ordinárias, com direito a tag along de 100% e serão listadas tanto na Bovespa como em Nova York. Cada acionista terá limite de 15% de poder dos votos.

Somados todos os antigos sócios da CBD detentores de ações preferenciais terão 47,6% do NPA, já os detentores de ações ordinárias ficarão com fatia de 31,2%. O empresário Abilio Diniz terá participação, direta e indireta, de 17% no NPA. Já a rede francesa Casino terá 29%, segundo Souza.

Conforme comunicado divulgado mais cedo pelo Carrefour, essa nova empresa, NPA, será a controladora da CBD, que por sua vez terá embaixo dela os ativos do Carrefour no Brasil. NPA e grupo Carrefour mundial terão o controle compartilhado da CBD.


Caixa

O Novo Pão de Açúcar nasce com caixa de R$ 5,7 bilhões. Esses recursos virão a partir de aportes da BNDESPar, braço de participações do BNDES, e do Gama, fundo de private equity do BTG Pactual, segundo o sócio da Estater, Pércio de Souza. A gestão será compartilhada. Os executivos serão indicados pelo NPA e serão compostos de pessoas do Pão de Açúcar e do Carrefour no Brasil.

A BNDESPar vai fazer um aporte de 1,7 bilhão de euros, com compra direta de ações do NPA. O BTG entrou na mesma operação com aporte de 300 milhões de euros em ações. Além disso, o Gama fez um financiamento de 500 milhões de euros para o NPA, em uma operação de dívida. O capital total da nova empresa dá 2,5 bilhões de euros, que convertidos para real resultam nos R$ 5,7 bilhões.

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A participação de Diniz é dividida em duas partes. Diretamente, ele terá 10,5% do NPA. Indiretamente, por meio da Wilkes, ele terá mais 6,5%. Com o Casino ocorre o mesmo. Diretamente terá 15,7% e, indiretamente, por meio da Wilkes, 14,1%.

"Não é uma proposta hostil. Está sujeita à aprovação dos acionistas e dos conselhos das duas empresas. Nós achamos que o resultado gera um valor enorme para as duas empresas. É uma operação ganha-ganha", disse Percio. Todas as instâncias societárias do Pão de Açúcar e do Carrefour precisam aprovar a operação, além da diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O banco vai injetar 1,7 bilhão de euros na operação.

Cade

Souza disse que a Estater já trabalha em uma proposta para apresentar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O executivo não deu maiores detalhes de quando fará a apresentação. Excluindo o BNDES, a operação não foi comunicada oficialmente a outros órgãos do governo. "Não temos nem a aprovação do conselho do Carrefour nem do Pão de Açúcar, por isso achamos que não tínhamos o que apresentar ao Cade. Vamos conversar com nossos advogados para preparar a apresentação."

A Estater já trabalhou para outras operações do Pão de Açúcar, como a compra do Ponto Frio. Segundo Souza, o BTG procurou a gestora há cerca de um mês, em um momento que a estrutura da fusão estava bem avançada. "Estávamos estruturando a operação para o Abilio Diniz, como acionista. O Pão de Açúcar não sabia da operação", disse o gestor.

Na proposta de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour está previsto que os acionistas da CBD (Grupo Pão de Açúcar) vão migrar para uma nova empresa a ser criada, o Novo Pão de Açúcar (NPA), segundo explicou Percio. As ações ordinárias dos acionistas da CDB serão trocadas na relação de uma para uma com as ações ON do NPA. Já a relação de troca das preferenciais da CBD será de 0,95 papéis desta empresa para 1 ON da NPA.

O NPA terá apenas ações ordinárias, com direito a tag along de 100% e serão listadas tanto na Bovespa como em Nova York. Cada acionista terá limite de 15% de poder dos votos.

Somados todos os antigos sócios da CBD detentores de ações preferenciais terão 47,6% do NPA, já os detentores de ações ordinárias ficarão com fatia de 31,2%. O empresário Abilio Diniz terá participação, direta e indireta, de 17% no NPA. Já a rede francesa Casino terá 29%, segundo Souza.

Conforme comunicado divulgado mais cedo pelo Carrefour, essa nova empresa, NPA, será a controladora da CBD, que por sua vez terá embaixo dela os ativos do Carrefour no Brasil. NPA e grupo Carrefour mundial terão o controle compartilhado da CBD.


Caixa

O Novo Pão de Açúcar nasce com caixa de R$ 5,7 bilhões. Esses recursos virão a partir de aportes da BNDESPar, braço de participações do BNDES, e do Gama, fundo de private equity do BTG Pactual, segundo o sócio da Estater, Pércio de Souza. A gestão será compartilhada. Os executivos serão indicados pelo NPA e serão compostos de pessoas do Pão de Açúcar e do Carrefour no Brasil.

A BNDESPar vai fazer um aporte de 1,7 bilhão de euros, com compra direta de ações do NPA. O BTG entrou na mesma operação com aporte de 300 milhões de euros em ações. Além disso, o Gama fez um financiamento de 500 milhões de euros para o NPA, em uma operação de dívida. O capital total da nova empresa dá 2,5 bilhões de euros, que convertidos para real resultam nos R$ 5,7 bilhões.

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