Perdendo dinheiro e clientes, a companhia figura no quarto lugar do mercado norte-americano, atrás da AT&T, da Verizon e da Sprint (Getty Images / Allison Shelley)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2012 às 08h31.
São Paulo - A Deutsche Telekom pode ser forçada a associar sua unidade de telefonia móvel nos Estados Unidos com a Sprint Nextel, após o colapso de um acordo de 39 bilhões de dólares com a AT&T.
A AT&T informou na segunda-feira ter desistido de comprar a T-Mobile USA, após forte oposição regulatória ao acordo, deixando ambas as companhias em busca de alternativas.
Embora a Deutsche Telekom tenha saído com 6 bilhões de dólares de uma multa rescisória, seu presidente-executivo Rene Obermann perdeu muito tempo e terá que investir no mercado norte-americano ou encontrar um novo jeito de sair do país, uma opção que analistas consideram improvável.
A T-Mobile USA "está simplesmente precisando muito de uma fusão com a Sprint. Esta é a única solução de longo prazo para a Deutsche Telekom", disse Will Draper, chefe de pesquisa de telecomunicações do Espírito Santo.
Uma vez um motor de crescimento agora considerado depreciado, a T-Mobile USA carece do espectro que precisa para construir uma rede capaz de lidar com o grande volume de serviços de dados demandados por clientes de smartphones nos EUA.
Perdendo dinheiro e clientes, a companhia figura no quarto lugar do mercado norte-americano, atrás da AT&T, da Verizon e da Sprint.
Obermann não deu detalhes de como a companhia vai dar a volta por cima após o colapso do negócio com a AT&T, e apenas assegurou investidores que está trabalhando em um plano de longo prazo para a T-Mobile.
Antes de as conversas com a AT&T terem sido anunciadas em março desde ano, fontes diziam que a Deutsche Telekom estava buscando um potencial acordo com a Sprint. Mas, em vez de buscar um acordo com a Sprint, Obermann apostou suas fichas na AT&T.
Agora a companhia pode voltar a considerar o suposto plano antigo ou se aliar a operadores regionais como a Leap Wireless International. Pode também se desfazer de ativos não-essenciais para financiar investimentos nos EUA, segundo analistas.