Negócios

Deutsche Bank faz acordo para se livrar de acusações

O banco alemão pagará US$ 55 milhões, mas não admite nem nega as acusações de omissão de dados durante a crise de 2008


	Deutsche Bank: o banco já pagou o recorde de US$ 2,5 bilhões de multa para autoridades dos EUA e do Reino Unido por ter tentado manipular as taxas de juros interbancárias
 (Dan Kitwood/Getty Images)

Deutsche Bank: o banco já pagou o recorde de US$ 2,5 bilhões de multa para autoridades dos EUA e do Reino Unido por ter tentado manipular as taxas de juros interbancárias (Dan Kitwood/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 16h08.

Frankfurt - O Deutsche Bank concordou em pagar US$ 55 milhões para a Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana) para solucionar uma acusação de que escondeu perdas de mais de US 1,5 bilhão durante a crise financeira global iniciada em 2008.

O banco alemão afirmou que não admite nem nega as acusações e disse que não foram feitas queixas contra indivíduos em relação ao assunto. "A SEC reconheceu a cooperação do banco durante a investigação", declarou o Deutsche Bank em comunicado.

Separadamente, a SEC afirmou que o banco alemão subestimou certos riscos em um valor entre US$ 1,5 bilhão e US$ 3,3 bilhões.

Assim como muitos concorrentes, o Deutsche Bank está envolvido em várias investigações sobre má conduta no passado. Em abril o banco pagou o recorde de US$ 2,5 bilhões de multa para autoridades dos EUA e do Reino Unido por ter tentado manipular as taxas de juros interbancárias, a Libor.

As acusações por trás do acordo anunciado hoje datam do fim de 2008 e começo de 2009. Uma testemunha na época alegou que o banco não estava atualizando o valor de mercado de certas transações de swap de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) e, assim, mascarava perdas à medida que o valor de mercado caía.

Hoje o Deutsche Bank afirmou que não atualizava os valores porque acreditava na época que não havia método confiável para medi-los em meio à falta de liquidez do mercado durante a crise.

Desde então, declarou o banco, aperfeiçoou as políticas, procedimentos e controles internos relacionados à avaliação de ativos ilíquidos. 

Acompanhe tudo sobre:bancos-de-investimentoCrimeCrise econômicaDeutsche BankEmpresasEmpresas alemãs

Mais de Negócios

100 mil árvores plantadas é a meta da nova temporada do “Brasil que Produz”. Veja como participar

Dá para contar nos dedinhos? Qual é a fortuna da Eliana, a nova apresentadora da Globo

Protagonismo do Brasil no G20: o impacto na vida e carreira das mulheres. Assista ao vivo

A estratégia da Amazon para se blindar da Shein e da Temu: um site só de preços baixos

Mais na Exame