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Deutsche Bank corta preço-alvo das ações da GM para zero

Banco vê risco de falência mesmo com ajuda do governo; Barclays também corta preço-justo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O Deutsche Bank, instituição alemã com presença em 75 países, reduziu o preço-alvo das ações da montadora norte-americana GM para zero. Já o britânico Barclays disse que o preço-justo para as ações é 1 dólar e prevê dificuldades de caixa em fevereiro. Nesta segunda-feira, os papéis da GM chegaram a despencar para 3,02 dólares - um tombo de mais de 20%.

A avaliação do Deutsche Bank leva em conta o risco de falência da empresa. Para o banco, a montadora terá problemas liquidez e pode não ser capaz de financiar as suas operações após dezembro. Na última sexta-feira, o presidente da GM, Rick Wagoner, disse que a empresa está tomando todas as medidas para evitar um pedido de concordata, mas admitiu que pode ficar sem caixa em breve.

O alerta foi considerado pelo mercado como uma forma de a montadora pressionar o governo americano por ajuda. O Congresso dos EUA defende que o presidente George W. Bush direcione para as montadoras parte do dinheiro do pacote de 700 bilhões de dólares aprovado para resgatar os bancos. No entanto, ainda não há uma decisão presidencial sobre o assunto.

Mesmo com uma possível intervenção do governo dos EUA, os analistas do Deutsche Bank afirmam que o futuro da montadora é a falência e que seus acionistas "não deverão receber nada" caso empresa realmente quebre.

Uma das soluções em estudo pela GM é a fusão com a montadora também americana Chrysler. O dinheiro do governo seria utilizado para financiar a redução das operações das duas empresas para um patamar mais compatível com a demanda de carros em um ambiente de crise financeira nos países desenvolvidos.

O fechamento das fábricas menos competitivas e a demissão em massa de milhares de funcionários geraria bilhões de dólares em despesas e indenizações trabalhistas. Além disso, o mercado vê com ceticismo e fusão de duas empresas com enormes dificuldades financeiras.

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