Negócios

Despesas maiores e cenário macro afetam Renner no 2º tri

Rede varejista informou lucro líquido de R$ 98 milhões, menor que os R$ 103,5 milhões de um ano antes e abaixo das estimativas dos analistas

Loja da Renner em São Paulo: lucro da companhia no segundo trimestre do ano foi menor que o esperado pelos analistas (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Loja da Renner em São Paulo: lucro da companhia no segundo trimestre do ano foi menor que o esperado pelos analistas (Paulo Fridman/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 19h27.

Rio de Janeiro - A Lojas Renner registrou queda no lucro líquido no segundo trimestre na comparação anual, pressionada por um cenário macroeconômico adverso e maiores despesas financeiras.

A rede varejista informou nesta quarta-feira que registrou lucro líquido de 98 milhões de reais ante 103,5 milhões de reais um ano antes. A média das estimativas obtidas pela Reuters apontava para lucro líquido de 105,6 milhões de reais.

"Foi um cenário mais difícil apesar de abril ainda ser um mês de vendas muito boas, crescendo no ritmo do primeiro trimestre. Depois tivemos a combinação de atraso no frio (no Sul e Sudeste), Copa das Confederações e as manifestações", disse à Reuters o diretor financeiro da companhia, Adalberto Santos.

No segundo trimestre, a companhia alcançou crescimento consolidado de 10,8 por cento na receita líquida de mercadorias, a 947,2 milhões de reais, e as vendas em mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) apresentaram elevação de 3,7 por cento. Um ano antes, o avanço havia sido de 3,4 por cento.

Considerando apenas as operações de varejo da marca Renner, a receita líquida foi de 892,1 milhões de reais, enquanto a da Camicado, de artigos para o lar, foi de 44 milhões de reais e a do e-commerce, de 8,8 milhões de reais. A rede de lojas Blue Steel teve receita de 2,3 milhões de reais no período.

O resultado de serviços financeiros subiu 27,6 por cento em relação ao segundo trimestre de 2012, chegando a 41,1 milhões de reais, "refletindo a consistente contribuição advinda das operações do cartão Renner, do controle de despesas e baixo índice de perdas", informou a varejista no balanço.

As despesas operacionais cresceram 11,4 por cento na base de comparação anual, para 328,7 milhões de reais, mas a proporção sobre a receita se manteve praticamente a mesma, em 34,7 por cento.

Já as despesas financeiras da Renner aumentaram para 26,5 milhões de reais entre abril e junho, ante 13,9 milhões de reais um ano antes, reflexo do maior serviço da dívida, de menores receitas financeiras com taxas de juros praticadas no período e de um impacto fiscal não recorrente de 4,5 milhões.

Com isso, o resultado financeiro líquido ficou negativo em 19,4 milhões de reais no período, contra perda de 6,5 milhões de reais um ano antes.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 198 milhões de reais, acima do resultado divulgado um ano antes, de 186,4 milhões de reais, mas abaixo da previsão de 210,29 milhões de reais apontada em pesquisa da Reuters com 9 analistas.

Perspectivas

As vendas no terceiro trimestre estão indo "relativamente bem", segundo Santos, em meio a um ambiente com os consumidores ainda tímidos por conta do cenário macroeconômico.

"O segundo semestre tende a ser tão desafiador quanto o primeiro", afirmou o executivo, ponderando que a expansão da área cultivada de algodão pode ajudar no médio prazo, assim como o arrefecimento da inflação.

Acompanhe tudo sobre:BalançosComércioEmpresasEmpresas abertasRennerVarejo

Mais de Negócios

Fórmula secreta? Como a Disney reinventou sua gestão financeira para continuar no topo

Depois de faturar R$ 300 milhões no Brasil, a Asper quer combater crimes digitais nos Estados Unidos

Em masterclass gratuita, Marcelo Cherto ensina o passo a passo para abrir uma franquia de sucesso

Vai um hambúrguer aí? Mania de Churrasco fatura R$ 114 milhões com lanches

Mais na Exame