Depois de ser mal atendida por mecânico, empreendedora cria oficina 100% feminina
A bancária brasiliense Agda Óliver decidiu abrir sua própria oficina, a Meu Mecânico, depois uma experiência negativa com um serviço mecânico
Maria Clara Dias
Publicado em 10 de julho de 2022 às 10h00.
Por Agência Sebrae de Notícias
Uma oficina mecânica voltada para as mulheres. A ideia da bancária Agda Óliver surgiu depois de não ter sido bem atendida ao levar o carro para uma revisão. Ela fez da experiência uma oportunidade de negócio. A oficina Meu Mecânico, que fica localizada em Ceilândia (DF), chegou a ser uma das 10 finalistas da 7ª edição do Empretec Women in Business Awards, um prêmio da ONU que reconhece o trabalho de mulheres empreendedoras.
Antes mesmo de abrir o negócio, Agda procurou o Sebrae. Além de validar o seu projeto, ela teve acesso a cursos de gestão de negócio e fez o Empretec, capacitação voltada para o desenvolvimento das habilidades essenciais do comportamento empreendedor. “Eu me capacitei por meio de cursos do Sebrae, tanto on-line quanto presencial. E o Empretec foi a cereja do bolo para que eu me encontrasse verdadeiramente como empreendedora”, conta Agda.
LEIA TAMBÉM:Aos 35, empreendedora fatura R$ 7 milhões ensinando a fazer vídeos no TikTok
A prova de que a ideia de ter uma oficina para atender principalmente o público feminino deu certo é que o empreendimento funciona há 12 anos. Agda explica que as mulheres se sentem mais acolhidas:
“O fato de sermos uma empresa feminina, de termos mulheres no quadro de colaboradores, de ter esse atendimento direto com outra mulher, ajuda muito a comunicação. O vocabulário é diferente, temos um contato mais próximo e um diálogo mais informal. Facilita e traz mais tranquilidade para que ela possa relatar os problemas que vive com seu veículo, ou até mesmo, os problemas que não quer passar jamais”, explica.
O impacto da pandemia
O distanciamento imposto pela pandemia afetou o faturamento da oficina. Com a população trabalhando de casa, a procura pelos serviços caiu. Segundo a empresária, a loja ficou com as portas fechadas por apenas cinco dias, mas o movimento foi muito baixo por um longo tempo. “Foi um período muito complicado, ficamos apreensivos com o que estaria por vir, precisei demitir colaboradoras. O medo das pessoas também afetou o receio de fazer revisão, pois elas não queriam gastar dinheiro com isso”, relembra.
A situação só não ficou pior porque a empresária tinha uma reserva para alguns meses. Uma das alternativas encontradas foi a de lançar um serviço em domicílio de buscar e levar o carro na casa das clientes. Atualmente, o Meu Mecânico hoje conta com seis colaboradores. A ideia é abrir mais uma oficina no Distrito Federal.
A empresária também buscou novamente uma consultoria com os Agentes Locais de Inovação (ALI) para sanar alguns desafios da empresa. “O Sebrae foi e é muito importante para a saúde da minha empresa. Lá, recebo o suporte necessário para fazer uma gestão com competência, com inovação, ano após ano. Não tenho dúvidas de que sem o Sebrae, o Meu Mecânico seria apenas mais uma empresa tentando sobreviver nesse meio tão competitivo”, finaliza.