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De escritórios a salas de aula, a WeWork quer crescer em qualquer cenário

Companhia anuncia expansão e muda de nome para WeCompany mesmo após fracasso nas negociações de aporte de 20 bilhões de dólares.

 (Midori De Lucca/WeWork/Divulgação)

(Midori De Lucca/WeWork/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 14 de janeiro de 2019 às 18h53.

São Paulo - A WeWork, empresa nova-iorquina que ficou mundialmente conhecida pela criação de ambientes de trabalho compartilhado, irá mudar de nome e aderir a novos negócios. Dentre os novos setores de atuação da estão educação e prédios residenciais, de acordo com comunicado do co-fundador e atual CEO da companhia, Adam Neumann. Com isso, o que era apenas WeWork passa a se chamar WeCompany.

O anúncio sobre a abertura para novos empreendimentos chega em um momento de desafios. Recentemente, a empresa fracassou nas negociações de um aporte no valor de 20 bilhões de dólares com o Softbank. Além disso, economistas de todo o mundo preveem uma desaceleração na economia global para os próximos anos.

Fundada em 2010 pelo israelense naturalizado norte-americano Adam Neumann, e por seu sócio, Miguel Mckelvey, a WeWork nasceu com o intuito de projetar, construir e locar espaços de trabalho compartilhado ao redor do mundo. A empresa chegou ao Brasil em julho de 2017 e, atualmente, conta com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Ao todo, a companhia que hoje tem cerca 47 bilhões de dólares em valor de mercado, aglutina 400 espaços de trabalho espalhados em 100 cidades de todo o mundo.

A agora chamada WeCompany irá se sustentar em um tripé: além da já conhecida WeWork, a nova configuração trará a WeLive, focando na construção de unidades residenciais, e a WeGrow, voltada para espaços educacionais. A expansão do negócio já era prevista desde sua fundação, segundo o comunicado de Neumann.

Embora os novos planos de ampliação tragam a sensação de prosperidade, os últimos balanços da startup não foram tão promissores. Nos últimos três trimestres, a marca teve receita de 1,25 bilhões de dólares, contra 1,22 bilhões de dólares em gastos. Resultados como esses podem frear possíveis investimentos no negócio.

Em dezembro de 2018, o presidente do fundo de investimentos japonês Softbank, Masayoshi Son, havia acertado um aporte de 20 bilhões de dólares na empresa norte-americana, o que na prática elevaria o valor de mercado da WeWork para 50 bilhões de dólares. Entretanto, as ações do banco despencaram 20% em menos de um mês, e o Softbank voltou atrás. Após a dura notícia, a startup voltou à mesa de negociações com o Softbank e conseguiu um aporte de 2 bilhões de dólares, 10% da expectativa inicial.

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