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CPFL vê melhora em resultados após prejuízo do 2º trimestre

Companhia espera uma melhora nos resultados puxada pelos segmentos de comercialização e de renováveis


	Funcionário da CPFL: companhia teve prejuízo líquido de 134 milhões de reais de abril a junho
 (Silvia Zamboni/EXAME.com)

Funcionário da CPFL: companhia teve prejuízo líquido de 134 milhões de reais de abril a junho (Silvia Zamboni/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 18h10.

São Paulo - A CPFL Energia espera melhora nos resultados na segunda metade do ano, puxada pelos segmentos de comercialização e de renováveis, depois de ter encerrado o segundo trimestre com prejuízo, o que levou as ações a caírem mais de 4 por cento na Bovespa nesta quinta-feira.

A empresa de geração, distribuição e comercialização de energia teve prejuízo líquido de 134 milhões de reais de abril a junho, ante lucro de 246 milhões registrado um ano antes, em meio a despesas judiciais, revisão tarifária de distribuidoras e redução de vendas bilaterais da comercializadora de energia.

As distribuidoras, que respondem por 60 por cento da geração de caixa do grupo medida pelo Ebitda, sentiram no segundo trimestre os efeitos do terceiro ciclo de revisão tarifária, que reduziu o retorno sobre o capital das companhias do segmento. O segundo trimestre é o primeiro trimestre em que o grupo reporta resultados após todas as distribuidoras do grupo passarem pelo terceiro ciclo de revisão tarifária.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo, que recuou 35 por cento na comparação anual, para 516 milhões de reais no segundo trimestre, também foi afetado da redução de vendas na CPFL Brasil, comercializadora de energia do grupo. A comercializadora registrou Ebitda negativo de 4,77 milhões de reais ante um Ebitda positivo de 47,7 milhões de reais no mesmo período do ano passado.

O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr., disse em teleconferência nesta quinta-feira que a comercializadora passou por um momento de mudanças regulatórias e enfrenta aumento da competição.

A competição, segundo ele, tende a continuar a comprimir as margens do setor de comercialização. Mas há expectativa de melhora na comercialização de energia de biomassa para clientes livres especiais no restante do ano.

"Temos focado em clientes especiais... Volumes de biomassa são mais transacionados no segundo semestre", disse o presidente.


O executivo disse ainda que a entrada em operação dos novos projetos de geração da CPFL Renováveis, de 328 megawatts (MW) até o final do ano, irá contribuir para adicionar 180 milhões de reais em receita para o grupo. Cerca de 250 MW em novos projetos já entram em operação no trimestre em curso.

"A CPFL Renováveis, que é o nosso instrumento de crescimento, representa 20 por cento do endividamento líquido ajustado da CPFL Energia. Porém, nesse momento, ela contribui com 9,8 por cento do Ebitda ajustado. Estamos numa rampa de crescimento", disse ele.

A receita operacional líquida do grupo CPFL no segundo trimestre teve um crescimento de 5 por cento na mesma base de comparação, para 3,339 bilhões de reais.

No segundo semestre, a CPFL ainda espera levantar cerca de 100 milhões de reais com a venda de imóveis ociosos.

Vendas de Energia

As vendas da área de concessão de distribuição da CPFL cresceram 2,6 por cento entre abril e junho, puxadas pelos segmentos residencial e industrial, que subiram 4,2 por cento e 2,7 por cento, respectivamente.

Ferreira Jr. vê perspectivas positivas para o crescimento do consumo de energia no ano, principalmente pelas atividades dos segmentos de construção civil, afetando a expansão da área de concessão da empresa, além do desempenho dos segmentos de metalurgia, têxtil, papel e celulose e da indústria automobilística.

As ações da CPFL Energia caíram 4,14 por cento, a 20,85 reais nesta quinta-feira, enquanto o Ibovespa fechou praticamente estável, com variação positiva de 0,02 por cento.

A empresa pagará 363 milhões de reais em dividendos intermediários referentes ao exercício do primeiro semestre, correspondentes a cerca de 0,377 real por ação. O pagamento vai considerar a base de acionistas de 22 de agosto.

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