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Cosan tem prejuízo líquido de R$64,3 mi no 2º tri

O Ebitda da companhia no período foi de 803 milhões de reais, praticamente estável na comparação com o segundo trimestre de 2017

Cosan: companhia teve prejuízo de 76 milhões de reais em igual período há um ano (Andrew Harrer/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 18h49.

Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 19h50.

São Paulo - A Cosan registrou prejuízo líquido de 64,3 milhões de reais no segundo trimestre, com os protestos de caminhoneiros em maio impactando o desempenho de parte de seus negócios, informou o conglomerado brasileiro de energia e logística nesta quarta-feira.

Ainda assim, o resultado é melhor que o de um ano antes, quando a companhia reportou prejuízo líquido de 76 milhões de reais.

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A geração de caixa, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), totalizou 803 milhões de reais entre abril e junho deste ano, praticamente estável em relação ao observado em igual momento de 2017.

A dívida líquida aumentou 13 por cento, para 10,876 bilhões de reais.

Segundo a empresa, a Raízen Combustíveis, joint venture entre Cosan e Shell, registrou impacto negativo de 200 milhões de reais na geração de caixa (Ebitda) do trimestre em razão dos protestos de caminhoneiros, com as vendas de combustíveis caindo 2 por cento.

"Esta perda ocorreu em função da necessidade de repasse integral de descontos aplicados aos estoques de diesel existentes à época, em atendimento ao pleito do governo para o reabastecimento do mercado após o fim da greve. Por consequência, a margem de comercialização do diesel foi negativamente afetada, além de gerar gastos operacionais e logísticos não previstos", disse a companhia em seu balanço.

Já a Raízen Energia, braço sucroenergético da empresa, registrou um volume de vendas de açúcar 30,3 por cento menor no trimestre em razão da estratégia de carregar estoques, os quais fecharam em 30 de junho 35 por cento maiores, com 694 mil toneladas.

A moagem de cana no primeiro trimestre da safra 2018/19, iniciada em abril, alcançou 22,3 milhões de toneladas (+16 por cento), devido à "aceleração proporcionada pelo clima mais seco, parcialmente neutralizada pela interrupção da operação causada pela greve dos caminhoneiros", segundo a empresa.

O mix de produção foi de 48 por cento para açúcar, versus 57 por cento em igual trimestre do ciclo anterior.

A estiagem, entretanto, levou a companhia a revisar seu guidance de moagem para o restante do ciclo. Agora, ela espera processamento de 60 milhões a 63 milhões de toneladas de cana em 2018/19, ante 62 milhões a 66 milhões anteriormente.

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