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Corporación América quer Aeroporto de Guarulhos

Para a empresa, que opera 48 aeroportos na América Latina e Europa, Cumbica é uma forma de colocar o pé na maior economia da região, o Brasil

Para a presidente Dilma Rousseff, privatizar os aeroportos é uma forma rápida de modernizar a fraca infraestrutura do país, onde o tráfego doméstico cresceu 20% (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2011 às 14h35.

São Paulo - A holding argentina Corporación América acaba de chegar no Brasil para operar o primeiro aeroporto privado do país e já está de olho na concessão de Guarulhos, o terminal com maior tráfego na América Latina.

E não é só isso. O diretor da Corporación América para a América Latina, Ezequiel Barrenechea, disse nesta sexta-feira que a empresa disputará a concessão de outros aeroportos que o Brasil poderá passar para a iniciativa privada em dezembro, para atender à demanda de uma classe média ansiosa para voar e de 1 milhão de turistas que visitarão o país durante a Copa do Mundo de 2014.

Além de Guarulhos, por cujos corredores congestionados passaram quase 27 milhões de passageiros em 2010, a lista inclui os aeroportos de Brasília, Campinas e talvez Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016.

"O objetivo é tentar ter algumas dessas concessões(...). Vamos concorrer em uma, duas ou três. Depende de como o governo definirá as diretrizes", disse Barrenechea em Buenos Aires à Reuters, por telefone.

"O foco está em qualquer aeroporto que o Brasil decidir entregar para concessão e que não seja pequeno, que seja de médio para cima", acrescentou, dando como exemplo o aeroporto de Florianópolis (SC).

A Inframérica, consórcio formado pela Corporación América e o grupo brasileiro Engevix, ganhou em agosto os direitos para construir e operar durante 25 anos o aeroporto de Natal, uma das sedes da Copa do Mundo . Além de uma oferta de 170 milhões de reais, A Inframérica prometeu um investimento mínimo de 650 milhões de reais.

Para a presidente Dilma Rousseff, privatizar os aeroportos é uma forma rápida de modernizar a fraca infraestrutura do país, onde o tráfego doméstico cresceu 20 por cento, para 92,2 milhões de passageiros nos sete primeiros meses de 2011 em comparação a igual período do ano passado.

Para a Corporación América, que opera 48 aeroportos na América Latina e Europa, é uma forma de colocar o pé na maior economia da região, onde a demanda parece garantida pelo boom econômico e eventos como a Copa do Mundo.


Retorno Relativo

Outros operadores regionais como os mexicanos Asur e GAP desistiram este ano de concorrer na disputa pelo aeroporto de Natal, argumentando que o baixo retorno, as regras e os elevados custos trabalhistas no Brasil tornariam o negócio praticamente inviável.

Barrenechea sustenta que, para a Corporación América, uma empresa de capital aberto, o Brasil, contudo, faz sentido.

"O retorno é muito relativo. Pode ser 12 ou 4 por cento. Para nós é um negócio de longo prazo e de muitos aeroportos. Estamos apostando no futuro e não em uma rentabilidade imediata", disse.

A Corporación América também não parece se preocupar com a possibilidade de que a Infraero, estatal que até o mês passado tinha o monopólio dos aeroportos brasileiros e é tida como ineficiente pelos investidores, detenha 49,5 por cento da concessão de Guarulhos e outros grandes terminais.

"Se a parte privada tem o controle e a operação, o que é lógico, não há nenhum inconveniente de que a Infraero tenha 49 por cento do investimento. Não vemos no que isso poderia diminuir a capacidade do projeto", disse Barrenechea.

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São Paulo - A holding argentina Corporación América acaba de chegar no Brasil para operar o primeiro aeroporto privado do país e já está de olho na concessão de Guarulhos, o terminal com maior tráfego na América Latina.

E não é só isso. O diretor da Corporación América para a América Latina, Ezequiel Barrenechea, disse nesta sexta-feira que a empresa disputará a concessão de outros aeroportos que o Brasil poderá passar para a iniciativa privada em dezembro, para atender à demanda de uma classe média ansiosa para voar e de 1 milhão de turistas que visitarão o país durante a Copa do Mundo de 2014.

Além de Guarulhos, por cujos corredores congestionados passaram quase 27 milhões de passageiros em 2010, a lista inclui os aeroportos de Brasília, Campinas e talvez Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016.

"O objetivo é tentar ter algumas dessas concessões(...). Vamos concorrer em uma, duas ou três. Depende de como o governo definirá as diretrizes", disse Barrenechea em Buenos Aires à Reuters, por telefone.

"O foco está em qualquer aeroporto que o Brasil decidir entregar para concessão e que não seja pequeno, que seja de médio para cima", acrescentou, dando como exemplo o aeroporto de Florianópolis (SC).

A Inframérica, consórcio formado pela Corporación América e o grupo brasileiro Engevix, ganhou em agosto os direitos para construir e operar durante 25 anos o aeroporto de Natal, uma das sedes da Copa do Mundo . Além de uma oferta de 170 milhões de reais, A Inframérica prometeu um investimento mínimo de 650 milhões de reais.

Para a presidente Dilma Rousseff, privatizar os aeroportos é uma forma rápida de modernizar a fraca infraestrutura do país, onde o tráfego doméstico cresceu 20 por cento, para 92,2 milhões de passageiros nos sete primeiros meses de 2011 em comparação a igual período do ano passado.

Para a Corporación América, que opera 48 aeroportos na América Latina e Europa, é uma forma de colocar o pé na maior economia da região, onde a demanda parece garantida pelo boom econômico e eventos como a Copa do Mundo.


Retorno Relativo

Outros operadores regionais como os mexicanos Asur e GAP desistiram este ano de concorrer na disputa pelo aeroporto de Natal, argumentando que o baixo retorno, as regras e os elevados custos trabalhistas no Brasil tornariam o negócio praticamente inviável.

Barrenechea sustenta que, para a Corporación América, uma empresa de capital aberto, o Brasil, contudo, faz sentido.

"O retorno é muito relativo. Pode ser 12 ou 4 por cento. Para nós é um negócio de longo prazo e de muitos aeroportos. Estamos apostando no futuro e não em uma rentabilidade imediata", disse.

A Corporación América também não parece se preocupar com a possibilidade de que a Infraero, estatal que até o mês passado tinha o monopólio dos aeroportos brasileiros e é tida como ineficiente pelos investidores, detenha 49,5 por cento da concessão de Guarulhos e outros grandes terminais.

"Se a parte privada tem o controle e a operação, o que é lógico, não há nenhum inconveniente de que a Infraero tenha 49 por cento do investimento. Não vemos no que isso poderia diminuir a capacidade do projeto", disse Barrenechea.

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