Copa do Mundo de 2018 pode gerar quase U$ 6 bi para a receita da Fifa
Na edição de 2014, no Brasil, a Fifa ingressou mais de 4 bilhões e 820 milhões de dólares. Em 2018, esse montante pode aumentar
AFP
Publicado em 11 de junho de 2018 às 14h11.
Última atualização em 11 de junho de 2018 às 14h16.
Assim como as Olimpíadas para o Comitê Olímpico Internacional (COI), a Copa do Mundo representa a "imensa maioria da receita" da Fifa , especialmente com direitos de TV, marketing e venda de ingressos, que geram mais de 4 bilhões de dólares.
A Fifa, federação mais rica do mundo, redistribui suas utilidades para os times que participam do mundial e para os clubes que liberam seus jogadores para o evento. Depois, reinveste grande parte do dinheiro gerado pela competição para o desenvolvimento do futebol, por meio de auxílios às federações nacionais.
A Copa do Mundo gera mais de 4 bilhões de dólares: na edição de 2014, no Brasil, a Fifa ingressou mais de 4 bilhões e 820 milhões de dólares, entre direitos de transmissão (2 bi e 420 mi), direitos de marketing (1 bi e 580 mi), ingressos para jogos (527 mi), direitos de hospitalidade (185 mi) e concessões de licenças de exploração comercial (107 mi).
O orçamento previsto para a Copa do Mundo da Rússia-2018 está neste patamar, apesar da Fifa não comunicar cifras detalhadas. Em seu relatório contábil de 2017, Gianni Infantino, presidente da Fifa, indicou que "as receitas do ciclo 2015-2018 devem superar a previsão" de 5 bilhões e 650 milhões de dólares, graças às renegociações de contratos de direitos de TV e marketing.
A Copa do Mundo custa à Fifa aproximadamente 2 bilhões de dólares, sem levar em conta os gastos ligados à construção de estádios e infraestruturas, responsabilidades do país organizador.
No Brasil-2014, o custo foi de 2 bilhões e 220 milhões de dólares, enquanto o orçamento previsto para o Mundial russo é de 1 bi e 940 milhões, segundo relatório contábil da Fifa em 2017.
Na primeira ordem de gastos do orçamento está o funcionamento do Comitê de Organização local (453 milhões de dólares, em 2014), responsabilidade total da Fifa naquela edição. Para a Copa do Mundo da Rússia, a contribuição da Fifa ao Comitê sobe para 627 milhões de dólares.
Mas também existem outros pontos custosos sustentados pela Fifa: produção televisiva (370 mi no Brasil; 241 mil previstos para a Rússia), gastos de alojamento das 32 seleções (40 mi), custos de preparação dos times e federações (48 mi), seguros (32 mi) e compensações para os clubes que colocam à disposição seus jogadores durante o evento (209 mi na Rússia, contra 70 mi em 2014).
O dinheiro de premiação para as seleções participantes também aumenta: a Fifa entregou um envelope total com 358 milhões de dólares em 2014. Para esta edição, aumentou o valor em 12% para alcançar cifre de 400 milhões de dólares, dos quais 38 milhões irão para as mãos da federação campeã (contra 35 mi em 2014) e 28 milhões para o vice-colocado. Uma seleção eliminada na primeira fase vai embolsar oito milhões de dólares.