COP26: Brasil está apoiando proposta de mercado de carbono, diz ministro
Ministro também comentou a importância das empresas no financiamento para uma economia verde
Rodrigo Caetano
Publicado em 11 de novembro de 2021 às 15h45.
Última atualização em 11 de novembro de 2021 às 18h16.
De Glasgow, na Escócia*
No fim desta quinta-feira, 11, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, falou aos jornalistas na COP26 , a Conferência das Partes. Nos últimos dias foi possível perceber uma mudança de postura do país, e um esforço para se mostrar receptivo às demandas necessárias para o combate ao desmatamento, frear o aquecimento global e mais.
Agora, na reta final da Conferência, há grandes expectativas sobre as negociações dos países. "Alguns países ainda estou resistentes às propostas apresentadas, e apoiadas pelo Brasil. Estamos buscando uma transição justa, com incentivos econômicos e baixa emissão", disse Leite.
O ministro também comentou o dado de que o mundo precisa de 5 trilhões de dólarespor ano, globalmente até 2030, para financiar medidas de combate às mudanças climáticas, acreditando que 4 trilhões desse total venham das ações empresariais.
"As empresas brasileiras estão presentes na COP26, acompanhando o debate e mostrando suas iniciativas, para além dos governos elas serão essenciais para a transição da economia e a geração de empregos".
Para o Brasil, o principal entrave se dá na questão do financiamento. "O primeiro desafio são os 100 bilhões que foram prometidos [de países ricos, para países em desenvolvimento] e não foram entregues. "Outro desafio é garantir uma estrutura de execução dos projetos, e como transferir os recursos".
Entenda mais sobre o anúncio e veja o resumo do dia no vídeo abaixo:
Exame na COP26
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a serem tomadas.
Para além disto, líderes empresariais, sociedade civil e mais, se unem para discutir suas participações no tema. Neste cenário, a EXAME atua como parceira oficial da Rede Brasil do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas.