Negócios

Constantino, da Gol, minimiza tombo no lucro e culpa câmbio

O presidente da empresa responsabilizou a valorização do dólar pela forte queda do resultado líquido

A Gol teve lucro líquido de 23,9 milhões de reais no período de janeiro a março, uma queda de 62% em relação ao mesmo período de 2009 (.)

A Gol teve lucro líquido de 23,9 milhões de reais no período de janeiro a março, uma queda de 62% em relação ao mesmo período de 2009 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - O presidente da companhia aérea Gol, Constantino de Oliveira Júnior, minimizou a queda no lucro líquido da empresa no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado, em teleconferência realizada nesta quinta-feira (6/5) (clique aqui para ver a cobertura ao vivo). Ele destacou o lucro operacional (que cresceu) como o principal resultado para a indústria. "A variação cambial foi o principal fator que fez o lucro líquido cair", afirmou.

A Gol teve lucro líquido de 23,9 milhões de reais no período de janeiro a março, uma queda de 62% em relação ao mesmo período de 2009. O lucro operacional da empresa, por sua vez, foi de 191,4 milhões de reais - aumentou 82,1% em relação ao primeiro trimestre de 2009. Em comparação com os três últimos meses do ano passado, a alta do lucro operacional foi de 60,6%.

O Ebitdar (geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves) foi de 405 milhões de reais - aumento de 12,7% em relação a 2009.

"Nosso caixa está forte. A companhia agora está mais forte do que há dois meses, quando tinha lucro maior", afirmou Leonardo Pereira, diretor vice-presidente de finanças, estratégia, novos negócios, TI e DRI. A empresa está aumentando o objetivo de percentual de receitas que tem que estar em caixa, passando de 20% para 25%.

Ocupação das aeronaves

A diminuição da oferta de assentos no primeiro trimestre foi um reajuste que a empresa sempre faz, de acordo com Constantino de Oliveira. "Apesar dessa menor oferta houve um aumento na demanda", disse. A ocupação das aeronaves da Gol foi de 71,6 % no mercado doméstico e de 73,4 % no internacional. No mesmo período do ano passado a ocupação foi de 62,8% e 50,7%.


A demanda de passageiros da empresa no Brasil cresceu 38,4% (o índice da indústria foi de 35%). No mercado internacional houve crescimento de 34,2 % (enquanto o da indústria foi de 12,8%). "Os resultados em crescimento de passageiros e financeiro mostram que a companhia está em um caminho produtivo", afirmou o diretor-presidente.

"A Gol conseguiu melhorar suas margens operacionais, através de redução de custo e aumento significativo da demanda', afirmou Constantino de Oliveira. Segundo Constantino, a empresa não visa ultrapassar a TAM na liderança do mercado. "A gente não tem como objetivo alcançar a liderança de mercado, de market share", disse o diretor-presidente.


Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasEmpresasEmpresas brasileirasgestao-de-negociosGol Linhas AéreasResultadoServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

Polishop pede recuperação judicial com dívida de R$ 352 milhões

Na startup Carefy, o lucro veio quando a empresa resolveu focar na operação — e não na captação

Liderança sustentável: qual é papel do líder na construção de um futuro responsável?

“É fundamental que as empresas continuem operando no RS”, diz presidente da Tramontina

Mais na Exame