Conheça a sede da Bristol, onde horário flexível é regra
Estrutura ganhou um andar totalmente reformulado, com áreas de descompressão ( sala de relaxamento e um novo restaurante. Projeto foi ideia de estagiários
Luísa Melo
Publicado em 14 de setembro de 2016 às 07h00.
São Paulo - Foi graças à ideia de um grupo de estagiários que a sede da Bristol-Myers Squibb (BMS) no Brasil ganhou cara nova. A partir de um projeto apresentado por eles, a estrutura passou a contar em abril com um andar totalmente reformulado, com áreas de descompressão (com videogame, tênis de mesa, pebolim e sinuca), sala de relaxamento e um novo restaurante. As mudanças integram o programa Viver Bem BMS, consolidado em agosto, que instituiu benefícios para melhorar a qualidade de vida dos funcionários. A empresa também permite a jornada flexível e o home office. Nas fotos, conheça mais sobre o espaço e o que a farmacêutica oferece para quem trabalha lá.
A sede da Bristol fica no bairro Chácara Santo Antônio, na zona sul de São Paulo. O prédio, onde ela está desde 2012, tem quatro andares. Ele foi desenhado em linhas curvas e ocupa uma área de 11.882 metros quadrados. Cerca de 250 pessoas trabalham no local, incluindo estagiários e terceirizados. No país todo, a empresa norte-americana tem 316 funcionários.
Do lado de fora, um espelho d´água decora o ambiente. A estrutura conta também com estacionamento para todos os funcionários e um bicicletário com chuveiro e vestiário.
O quarto andar do edifício foi inaugurado em abril. Nele, há várias áreas de descompressão coloridas e um restaurante.
O refeitório já existia, mas ficava em um outro local, sem janelas. Agora, o ambiente recebe muita luz solar.
O almoço é subsidiado pela empresa. Um valor mensal é descontado da folha de pagamento e os empregados podem se servir à vontade. O cardápio é variado e, todos os dias, há pratos vegetarianos. De manhã, é servido gratuitamente um café com opções de comida e bebida.
A reformulação do restaurante faz parte do programa Viver Bem BMS e nasceu de uma proposta de um grupo de estagiários da companhia. Ela surgiu dentro do projeto BioAge, pelo qual os aprendizes são desafiados a criar soluções que tragam melhorias para a farmacêutica. As melhores ideias são apresentas à diretoria da empresa ao fim de cada ano e a vencedora é implementada. Os donos da sugestão recebem como prêmio um vale no valor de 1.110 reais.
Criar um programa de bem-estar e uma área descontraída para a equipe já estava nos planos da BMS, mas a ideia ganhou força com o BioAge. "Tínhamos a vontade e o espaço, mas o projeto dos estagiários trouxe boa parte da estrutura que precisávamos", conta Jennifer Wendling, diretora de RH da farmacêutica.
Além do restaurante novo, dos jogos e dos espaços de descompressão, o Viver Bem BMS inclui atividades que incentivem os funcionários a cuidar da saúde física e emocional. Fazem parte do projeto palestras nutricionais e descontos para praticar atividades, por exemplo.
A Bristol concede ao time o GymPass, um "passaporte" que dá acesso a diversas academias, e reembolsa até 150 reais para quem frequenta aquelas que não estão na cobertura. A companhia também contratou um aplicativo no qual os empregados podem cadastrar informações sobre seus hábitos e receber um diagnóstico, com orientações sobre nutrição e prática de esportes.
Também dentro do Viver Bem, foi criada uma sala de relaxamento. Nela, há aulas de meditação gratuitas, todas as terças e quintas, no intervalo do almoço. "Queremos que a empresa seja não só um lugar legal de trabalhar, mas também de estar", diz Mayara Souza, assistente de diretoria do departamento médico-científico da Bristol e uma das líderes do projeto.
Informalidade é palavra de ordem na BMS, segundo Jennifer Wendling, diretora de RH. Por isso, a empresa decidiu estruturar o escritório sob o conceito de espaço semiaberto. Não há baias entre os funcionários e os gerentes ficam posicionados em frente às suas equipes, mas separados por divisões de vidro. Já os diretores e o presidente têm salas próprias.
Fora do Bem Viver, a Bristol também tem alguns benefícios que buscam promover uma melhor qualidade de vida para o seu time. A jornada de trabalho, por exemplo, é flexível. O horário de entrada dos funcionários pode ir das 7h às 9h30, basta combinar previamente com o gestor.
Às sextas-feiras, o expediente termina quatro horas mais cedo e as pontes de feriados são todas emendadas. Para que isso seja possível, a empresa trabalha com um esquema de compensação que acrescenta cerca de 1h40 ao horário nos demais dias da semana. O home office é permitido uma vez por semana, com exceção dos profissionais que dependem de estruturas fixas da companhia para cumprir suas atividades.
Além disso, na semana do seu aniversário, os empregados podem tirar a sexta-feira de folga e, em outubro, a farmacêutica vai promover um dia oficial de levar o animal de estimação para o escritório. A companhia também tem um plano de desenvolvimento de carreira pelo qual os profissionais podem conseguir cobertura de até 50% para cursar um MBA e de 70% para fazer uma segunda graduação. Ele pode incluir ainda subsídios para o aprendizado de idiomas e o reembolso de até 2.000 dólares para cursos feitos no exterior.
A Bristol não desenvolve e nem produz medicamentos no Brasil, mas mantém um laboratório de qualidade na sua sede local. Lá, são verificados se os remédios estão com a dosagem correta, ou se há alguma impureza, por exemplo. A empresa chegou a ter fábrica por aqui, mas decidiu fechá-la em 2007, quando passou a focar em biotecnologia e em medicamentos para combater doenças graves como o câncer. Em 2010, seguindo essa estratégia, decidiu vender sua linha de OTC (produtos que não precisam de receita médica, como o Naldecon) para a Reckitt Benckiser. O processo foi concluído em 2012. No ano seguinte, repassou toda a parte de drogas contra diabetes para a AstraZeneca.
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