Como conquistar clientes no metaverso? A Meta elencou 3 tendências de consumo na realidade virtual
Uma pesquisa da companhia liderada por Mark Zuckerberg com 30 mil consumidores de 12 países, inclusive do Brasil, mostrou um interesse crescente em experiências imersivas de compras
Leo Branco
Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 11h59.
Última atualização em 22 de dezembro de 2022 às 12h18.
O ano de 2023 pode definir o futuro do metaverso. A ideia de uma realidade virtual, com uma experiência de interação muito próxima à da vida real, virou frenesi depois de Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, anunciar a mudança de nome da companhia para Meta em outubro de 2021, na esteira de bilhões de dólares investidos na tecnologia.
Até agora, o buzz rendeu poucos negócios de fato. Pouco mais de 300 mil usuários estão no Horizon Worlds, o metaverso da Meta (nome da holding que reúne Facebook, Instagram, WhatsApp e outros negócios), de acordo com números da companhia revelados no início de 2022.
Para a frente, dados também revelados pela Meta indicam um interesse crescente na tecnologia.
Assine a newsletter EMPREENDA e receba, gratuitamente, conteúdos para impulsionar o seu negócio!
Uma pesquisa realizada pela Meta com 30 mil consumidores mostrou um interesse crescente em experiências imersivas de compras — em linha com a promessa do metaverso de uma interação realçada pela realidade aumentada.
Participaram da pesquisa consumidores de 12 países:
- Estados Unidos
- Canadá
- França
- Reino Unido
- Austrália
- Brasil
- Alemanha
- Índia
- Japão
- Coreia do Sul
- Tailândia
- México
O estudo identificou três grandes tendências para o consumo de produtos no metaverso:
LEIA TAMBÉM:Pressão por lucro nas startups, o batismo de fogo do metaverso e mais tendências de negócios em 2023
1. Consumidores querem estar no metaverso
Segundo a Meta, boa parte dos entrevistados já está ciente dos benefícios da realidade aumentada na relação de consumo com as marcas.
Algumas das evidências disso, de acordo com os entrevistados brasileiros, são:
- 76% preveem uma maior variedade de lojas especializadas no metaverso — especialmente em produtos de nicho
- 68% apostam que lojas virtuais oferecerão uma maneira mais conveniente de compras
- 68% querem uma experiência na realidade aumentada capaz de replicar a compra em uma loja física
- 57% dizem que o metaverso vai melhorar a experiência de compra
2. A realidade aumentada é o caminho para o metaverso
Compradores querem usar a realidade aumentada para guiar suas experiências de compra. Alguns indícios:
- 70% querem se aprofundar em diferentes aspectos de uma marca de maneira interativa e aspiracional
- 70% têm interesse em utilizar a câmera do próprio smartphone para a experiência interativa
- 69% se interessam em se comunicar online com um consultor da marca que deseja consumir
- 66% estão interessados em usar dispositivos em lojas físicas para provar produtos virtualmente
- 50% acreditam que a realidade aumentada pode melhorar a experiência de compra ao eliminar o abismo entre as lojas física e digital
- 34% usam ou já usaram realidade aumentada durante uma compra
3. Há interesse pela versão digital de produtos físicos
Compradores estão prontos para comprar pares digitais, ou seja, um produto virtual idêntico ao produto físico. Sinais disso:
- 68% dos entrevistados dizem ser importante que novos produtos do mundo real sejam disponibilizados junto a produtos virtuais
- 68% tendem a se tornar leais se a marca oferecer um produto digital como recompensa
- 65% dos compradores pesquisados dizem que produtos virtuais promovem um sentimento de associação com a marca ao oferecer algo raro e único
- 51% dos compradores querem que seus avatares pareçam exatamente como eles são fisicamente
- 50% dos compradores interessados em produtos virtuais estão dispostos a pagar mais de R$ 250 pelos itens
LEIA TAMBÉM:Reuniões, lojas e salas de aula: em 2023, o metaverso tenta emplacar de vez