São Paulo – Começa, nesta segunda-feira, a Rio Oil & Gas 2012, na capital fluminense. É o maior evento do setor de petróleo e gás organizado no país. A edição anterior, em 2010, contou com 1.300 expositores e recebeu 53.000 visitantes. A feira deste ano termina no dia 20. O encontro começa com algumas das principais empresas petrolíferas do país vivendo momentos de revisão de expectativas. A Petrobras, por exemplo reviu investimentos e projetos, sob o comando de Graça Foster. Já a OGX promoveu uma recente reestruturação de sua diretoria. Clique nas fotos e veja como andam seis das principais empresas de óleo e gás no país.
2. Petrobras: prejuízo depois de 13 anoszoom_out_map
2/8(Bruno Domingos/Reuters)
A Petrobras, maior empresa brasileira, vem anunciando uma série de medidas para compensar o prejuízo líquido de 1,3 bilhão de reais que registrou no segundo trimestre – o primeiro em 13 anos, o que surpreendeu o mercado. O principal vilão foi o dólar caro, que pesou nos resultados financeiros da companhia. Além disso, a Petrobras reconheceu as perdas com 41 poços secos em seu balanço. Agora, a estatal planeja lançar um programa de corte de custos e apertar os fornecedores para colocar os projetos em dia. Até 2016, a Petrobras pretende investir 131,6 bilhões de dólares.
3. OGX: troca de comando para resgatar confiançazoom_out_map
A HRT, fundada por Márcio Mello (foto), é outra petroleira que luta para reverter as expectativas do mercado. A mais recente fonte de desconfiança dos investidores veio de um concorrente da HRT na Namíbia – o Chariot. A empresa anunciou a perfuração de um poço seco, isto é, sem condições de exploração comercial no país. Foi o bastante para as ações da HRT caírem aqui no Brasil. Isto porque uma das principais apostas da empresa são seus blocos na Namíbia. Ainda em fase pré-operacional, a empresa afirma que suas concessões naquele país alcançam um potencial de 28 bilhões de barris de óleo equivalente.
5. Lupatech: o erro de depender demais de um clientezoom_out_map
5/8(Germano Lüders/EXAME)
A Lupatech é uma das principais fornecedoras de equipamentos para o setor de óleo e gás no Brasil. Atualmente, a empresa tenta reequilibrar as contas, depois que a Petrobras – seu maior cliente – cancelou ou adiou uma série de projetos com que a Lupatech contava. A mudança de planos da Petrobras teve um impacto direto no caixa da Lupatech. Para cobrir o buraco, a empresa assinou um acordo de capitalização de até 700 milhões de reais, vendeu uma unidade à Duratex por 45 milhões de reais – e pediu um tempo para pagar os juros de debêntures que emitiu.
6. Queiroz Galvão: poços secos esfriam os ânimoszoom_out_map
7. OSX: sem colocar todos os ovos na mesma cestazoom_out_map
7/8(Divulgação)
A OSX, braço naval do Grupo EBX de Eike Batista, é vista com mais otimismo pelos analistas. O motivo é simples: criada para fornecer as plataformas para a OGX, a petroleira do grupo, a empresa está, cada vez mais, diversificando sua carteira de clientes. O mais recente contrato foi assinado com a Petrobras, para a integração de dois navios-plataformas da empresa. O contrato é avaliado em 900 milhões de dólares. Para os analistas, o sinal de independência da empresa em relação à OGX é bem-vindo.
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