Com excedente de 3,6 mil funcionários, Volks propõe acordo
A Volkswagen negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC uma forma de aliviar os custos de um excedente de 3,6 mil trabalhadores de fábrica
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2016 às 22h11.
São Paulo - Uma das montadoras que mais têm sofrido com a queda na venda de veículos no Brasil, a Volkswagen negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC uma forma de aliviar os custos de um excedente de 3,6 mil trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, informou o sindicato nesta segunda-feira, 11.
Do total, são 2,5 mil funcionários da produção e 1,1 mil da área administrativa.
A fábrica tem 10,5 mil trabalhadores.
A montadora apresentou uma proposta na terça-feira da semana passada. A proposta inclui a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), a utilização de instrumentos como PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e lay-off (suspensão temporária de contratos), alterações na estrutura de remuneração, de funções, no banco de horas e na jornada de trabalho, recálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e mudanças nos reajustes previstos na data-base.
Pela proposta apresentada, segundo o sindicato, os trabalhadores ficariam sem reajuste salarial nos anos de 2017, 2018 e 2019.
Está em vigor o acordo coletivo celebrado entre o sindicato e a Volkswagen em 2015, que tem validade até 2019.
O acordo, no entanto, tem como base um volume de produção acima de 250 mil veículos por ano na unidade da Anchieta - volume que não será atingido neste ano.
"Por essa razão, a fábrica entende que as bases que sustentaram as negociações em 2015 não atendem às necessidades da nova conjuntura. Mas é óbvio que não vamos aceitar qualquer condição em troca da nossa determinação de proteger os empregos", ressalta o secretário-geral do sindicato, Wagner Santana.
Em nota, a montadora alega que o mercado de veículos deve cair 19% em 2016, segundo projeção da Anfavea.
"Por essa razão, a empresa retomou as discussões com o sindicato para que nas próximas semanas sejam construídas alternativas para o novo cenário que se impõe, além de outras medidas de eficiência e organização para a fábrica Anchieta", diz a empresa.
As negociações entre o sindicato e a montadora devem continuar sendo realizadas diariamente e não há prazo para ser concluída, disse o sindicato.
Atualmente a Volkswagen em São Bernardo tem 8.400 trabalhadores sob o regime de PPE, com vencimento em 30 de setembro, e 610 trabalhadores em lay-off, iniciados em março.
São Paulo - Uma das montadoras que mais têm sofrido com a queda na venda de veículos no Brasil, a Volkswagen negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC uma forma de aliviar os custos de um excedente de 3,6 mil trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, informou o sindicato nesta segunda-feira, 11.
Do total, são 2,5 mil funcionários da produção e 1,1 mil da área administrativa.
A fábrica tem 10,5 mil trabalhadores.
A montadora apresentou uma proposta na terça-feira da semana passada. A proposta inclui a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), a utilização de instrumentos como PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e lay-off (suspensão temporária de contratos), alterações na estrutura de remuneração, de funções, no banco de horas e na jornada de trabalho, recálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e mudanças nos reajustes previstos na data-base.
Pela proposta apresentada, segundo o sindicato, os trabalhadores ficariam sem reajuste salarial nos anos de 2017, 2018 e 2019.
Está em vigor o acordo coletivo celebrado entre o sindicato e a Volkswagen em 2015, que tem validade até 2019.
O acordo, no entanto, tem como base um volume de produção acima de 250 mil veículos por ano na unidade da Anchieta - volume que não será atingido neste ano.
"Por essa razão, a fábrica entende que as bases que sustentaram as negociações em 2015 não atendem às necessidades da nova conjuntura. Mas é óbvio que não vamos aceitar qualquer condição em troca da nossa determinação de proteger os empregos", ressalta o secretário-geral do sindicato, Wagner Santana.
Em nota, a montadora alega que o mercado de veículos deve cair 19% em 2016, segundo projeção da Anfavea.
"Por essa razão, a empresa retomou as discussões com o sindicato para que nas próximas semanas sejam construídas alternativas para o novo cenário que se impõe, além de outras medidas de eficiência e organização para a fábrica Anchieta", diz a empresa.
As negociações entre o sindicato e a montadora devem continuar sendo realizadas diariamente e não há prazo para ser concluída, disse o sindicato.
Atualmente a Volkswagen em São Bernardo tem 8.400 trabalhadores sob o regime de PPE, com vencimento em 30 de setembro, e 610 trabalhadores em lay-off, iniciados em março.