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Colômbia terá procurador especial para caso Odebrecht

Seis pessoas foram condenadas no país por corrupção, revelada para todo o mundo pela justiça americana

Imagem de arquivo: O tribunal aceitou um pedido da própria procuradoria, dirigida por Martínez (Nacho Doce/Reuters)

Imagem de arquivo: O tribunal aceitou um pedido da própria procuradoria, dirigida por Martínez (Nacho Doce/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 06h28.

A Suprema Corte de Justiça deu sinal verde nesta quinta-feira para a nomeação de um procurador especial encarregado de investigar o escândalo de corrupção da Odebrecht na Colômbia, após as denúncias envolvendo o atual encarregado do processo, Néstor Martínez.

O tribunal aceitou um pedido da própria procuradoria, dirigida por Martínez, e solicitou ao presidente Iván Duque que apresente três candidatos, segundo anúncio realizado nas redes sociais.

Martínez já havia se declarado impedido e em seu lugar atuava a vice-procuradora María Paulina Riveros, que também pediu para ser afastada do caso diante de gravações e testemunhos que comprometem a imparcialidade de seu chefe.

Em sua conta no Twitter, o Supremo informa que solicitou a Duque uma lista tríplice "para designar um procurador-geral ad hoc que atue em expedientes investigados pela vice-procuradora sobre subornos de #Odebrecht".

O caso Odebrecht teve uma reviravolta dramática na Colômbia após a morte, em 8 de novembro, de Jorge Pizano, auditor do consórcio formado pelo grupo brasileiro e a empresa local Corficolombiana para construir uma milionária autoestrada ligando o centro ao norte do país.

Três dias depois, seu filho morreu envenenado com cianureto em uma garrafa d'água encontrada no escritório de Pizano. As duas mortes estão sendo investigadas.

Pizano disse em uma entrevista antes de morrer que Néstor Humberto Martínez sabia das irregularidades do consórcio e não fez a denúncia.

O ex-auditor tinha uma relação pessoal e profissional com Martínez, que trabalhava como advogado do influente banqueiro Luis Carlos Sarmiento, dono da empresa Corficolombiana.

Segundo a promotoria, a Odebrecht pagou na Colômbia 32,5 milhões de dólares em suborno em troca de obras, uma prática realizada pela empresa em pelo menos 12 países, entre eles dez latino-americanos.

Seis pessoas foram condenadas no país por corrupção, revelada para todo o mundo pela justiça americana.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaNovonor (ex-Odebrecht)

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