Cia Hering tem vendas fracas, mas lucro sobe com benefícios
Varejista viu o lucro líquido subir 21,7 por cento no terceiro trimestre ante igual período de 2013, a 70,89 milhões de reais
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2014 às 20h01.
São Paulo - A varejista de moda Cia Hering viu o lucro líquido subir 21,7 por cento no terceiro trimestre ante igual período de 2013, a 70,89 milhões de reais, impulsionado por benefícios fiscais em um período marcado por fraco desempenho de vendas.
Entre julho e setembro, a receita líquida da companhia somou 363,6 milhões de reais, alta de 0,7 por cento sobre um ano antes e abaixo das estimativas de analistas, de 376,3 milhões de reais em pesquisa da Reuters.
As vendas em mesmas lojas da rede Hering Store, sua principal marca, registraram recuo de 6 por cento no período, demonstrando a dificuldade da companhia em melhorar o indicador, que considera apenas os pontos abertos há mais de um ano.
Acompanhadas de perto pelo mercado, as vendas em mesmas lojas da Hering acumulam declínio de 7 por cento nos nove primeiros meses do ano, ante mesmo período de 2013.
Para o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Frederico Oldani, o desempenho trimestral nessa linha foi um pouco pior do que o esperado, afetado pelo cenário macroeconômico desafiador, e com as finais da Copa impactando negativamente o movimento nos pontos de venda em julho.
No terceiro trimestre, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 9,4 por cento sobre um ano antes, a 74,7 milhões de reais, também abaixo da expectativa de analistas de 78,2 milhões.
Segundo a companhia, o resultado refletiu a queda anual de 2,2 por cento no lucro bruto, impactado por maior atividade promocional, além de aumento nas despesas com vendas, gerais e administrativas em função de mudança organizacional ocorrida ao longo de 2013.
A margem Ebitda da companhia caiu 2,2 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano passado, a 20,6 por cento.
Em comentário de desempenho, a Cia Hering afirmou que os próximos trimestres devem mostrar melhorias graduais nos resultados operacionais, mas ressalvou esperar um recuo de 2 pontos percentuais na sua margem Ebitda em 2014.
Citando um ambiente econômico que requer maior foco na rentabilidade das lojas, a empresa também anunciou que irá frear as inaugurações neste fim de ano e em 2015.
Agora, são previstas 75 novas lojas no ano, sendo 50 da Hering Store, 23 da Hering Kids e 2 Hering for you, ante plano anterior de 100 unidades, sendo 70 lojas Hering Store e 30 unidades Hering Kids.
Na visão de Oldani, os preços de aluguéis ainda não estão refletindo a deterioração do cenário de consumo, sendo que os shoppings novos têm sido abertos com desempenho fraco e baixa taxa de ocupação.
Por isso, disse o executivo, a companhia está focando para a abertura de lojas mais rentáveis nesse momento.
"A gente acredita que vai ter chance de negociar melhor, conseguir aluguéis mais baixos", afirmou Oldani.
"Acreditamos que o potencial das marcas não mudou, o que mudou foi a velocidade que a gente vai chegar lá." Nos três meses encerrados em setembro, a companhia abriu 11 lojas, sendo 7 Hering Store, 3 Hering Kids e uma unidade no Uruguai.
Ao mesmo tempo, foram fechadas 3 Hering Store no Brasil, uma loja na Venezuela e sua única loja da dzarm., como parte do plano de reposicionamento da marca.
Texto atualizado às 21h00min do mesmo dia.
São Paulo - A varejista de moda Cia Hering viu o lucro líquido subir 21,7 por cento no terceiro trimestre ante igual período de 2013, a 70,89 milhões de reais, impulsionado por benefícios fiscais em um período marcado por fraco desempenho de vendas.
Entre julho e setembro, a receita líquida da companhia somou 363,6 milhões de reais, alta de 0,7 por cento sobre um ano antes e abaixo das estimativas de analistas, de 376,3 milhões de reais em pesquisa da Reuters.
As vendas em mesmas lojas da rede Hering Store, sua principal marca, registraram recuo de 6 por cento no período, demonstrando a dificuldade da companhia em melhorar o indicador, que considera apenas os pontos abertos há mais de um ano.
Acompanhadas de perto pelo mercado, as vendas em mesmas lojas da Hering acumulam declínio de 7 por cento nos nove primeiros meses do ano, ante mesmo período de 2013.
Para o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Frederico Oldani, o desempenho trimestral nessa linha foi um pouco pior do que o esperado, afetado pelo cenário macroeconômico desafiador, e com as finais da Copa impactando negativamente o movimento nos pontos de venda em julho.
No terceiro trimestre, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 9,4 por cento sobre um ano antes, a 74,7 milhões de reais, também abaixo da expectativa de analistas de 78,2 milhões.
Segundo a companhia, o resultado refletiu a queda anual de 2,2 por cento no lucro bruto, impactado por maior atividade promocional, além de aumento nas despesas com vendas, gerais e administrativas em função de mudança organizacional ocorrida ao longo de 2013.
A margem Ebitda da companhia caiu 2,2 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano passado, a 20,6 por cento.
Em comentário de desempenho, a Cia Hering afirmou que os próximos trimestres devem mostrar melhorias graduais nos resultados operacionais, mas ressalvou esperar um recuo de 2 pontos percentuais na sua margem Ebitda em 2014.
Citando um ambiente econômico que requer maior foco na rentabilidade das lojas, a empresa também anunciou que irá frear as inaugurações neste fim de ano e em 2015.
Agora, são previstas 75 novas lojas no ano, sendo 50 da Hering Store, 23 da Hering Kids e 2 Hering for you, ante plano anterior de 100 unidades, sendo 70 lojas Hering Store e 30 unidades Hering Kids.
Na visão de Oldani, os preços de aluguéis ainda não estão refletindo a deterioração do cenário de consumo, sendo que os shoppings novos têm sido abertos com desempenho fraco e baixa taxa de ocupação.
Por isso, disse o executivo, a companhia está focando para a abertura de lojas mais rentáveis nesse momento.
"A gente acredita que vai ter chance de negociar melhor, conseguir aluguéis mais baixos", afirmou Oldani.
"Acreditamos que o potencial das marcas não mudou, o que mudou foi a velocidade que a gente vai chegar lá." Nos três meses encerrados em setembro, a companhia abriu 11 lojas, sendo 7 Hering Store, 3 Hering Kids e uma unidade no Uruguai.
Ao mesmo tempo, foram fechadas 3 Hering Store no Brasil, uma loja na Venezuela e sua única loja da dzarm., como parte do plano de reposicionamento da marca.
Texto atualizado às 21h00min do mesmo dia.