O acordo para compra da Volvo reflete o rápido crescimento da China na indústria automotiva (Divulgação/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Última atualização em 8 de abril de 2020 às 10h10.
Pequim e Hong Kong - A chinesa Geely anunciou nesta segunda-feira a compra da Volvo, controlada pela Ford, por 1,8 bilhão de dólares, em um negócio que marca a maior aquisição no país asiático de uma montadora de veículos estrangeira.
Stefan Jacoby, ex-executivo da Volkswagen na América do Norte, será o novo diretor presidente da montadora. O presidente do conselho da Geely, Li Shufu, chamado de Henry Ford da China, chegou a ser indicado para ser chairman da Volvo.
O acordo reflete de muitas maneiras o rápido crescimento da China na indústria automotiva, depois que superou os Estados Unidos no ano passado como o maior mercado do mundo.
A Geely, que começou a fabricar carros em 1986, afirmou à Reuters na semana passada que havia recebido todas as aprovações governamentais necessárias para a compra da Volvo.
Com a conclusão da operação, o desafio da Geely será restaurar o lucro da Volvo no longo prazo. A Volvo teve receita de 12,4 bilhões de dólares em 2009 com a venda de 334 mil veículos, mas teve um prejuízo antes de impostos de 653 milhões.
O plano da Geely prevê a utilização do nome da marca sueca para produzir carros de luxo na China, enquanto manterá operações na Europa para abastecer o mercado internacional.
A Geely vai injetar 900 milhões de dólares em capital na Volvo, além dos 1,8 bilhão de dólares que já está pagando para comprar a empresa da Ford.
Os planos da montadora chinesa preveem que a nova fábrica da Volvo na China quase dobre a capacidade anual global de produção da companhia, que tem como meta vender 150 mil automóveis Volvo por ano no país asiático até 2015.
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