WhatsApp: um sinal tão pequeno quanto a vírgula pode causar uma confusão grande (Lucas Agrela/Site Exame)
Lucas Agrela
Publicado em 30 de abril de 2018 às 19h04.
Última atualização em 30 de abril de 2018 às 19h10.
São Paulo – Jan Koum, cofundador e CEO do WhatsApp, anunciou nesta segunda-feira (30) que está deixando a empresa. O executivo publicou um texto no Facebook, no qual se diz sentimental e grato pelo que conquistou junto com sua equipe.
De acordo com o jornal The Washington Post, a razão da saída de Koum seria sobre uma incompatibilidade dos interesses do Facebook em relação ao uso de dados do WhatsApp, bem como sobre o futuro do modelo de negócio do aplicativo.
Veja a carta de despedida de Koum, que foi publicada no Facebook.
"Faz quase uma década desde que Brian e eu começamos o WhatsApp, e tem sido uma jornada incrível com algumas das melhores pessoas. Mas é hora de seguir em frente. Fui abençoado com uma pequena incrível equipe e vimos que uma quantidade louca de foco pode produzir um app usado por tantas pessoas em todo o mundo.
Estou deixando a empresa em um momento em que as pessoas usam o WhatsApp mais do que eu poderia ter imaginado. O time está mais forte do que nunca e vai continuar a fazer coisas incríveis. Estou tirando um tempo para fazer as coisas que gosto fora da tecnologia, como colecionar Porsches com motor resfriado a ar, trabalhar nos meus carros e jogar frisbee. E ainda estarei torcendo pelo WhatsApp–apenas do lado de fora. Obrigado a todos que tornaram essa jornada possível."
Em resposta, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse que é grato por tudo que Koum vez para ajudar a conectar o mundo e pelo trabalho que realizou com a criptografia ponta a ponta, que devolveu o poder de sistemas centralizados de volta às mãos dos usuários. "Esses valores estarão sempre no coração do WhatsApp", escreveu Zuckerberg.
No final do ano passado, Brian Acton, também cofundador do WhatsApp, deixou a companhia. Agora, ele é investidor de um aplicativo rival, que tem foco total na privacidade dos usuários e é recomendado veementemente por Edward Snowden: o Signal.