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Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 10h36.
Detroit - A estratégia da presidente-executiva da General Motors, Mary Barra, de reconstruir a marca Cadillac se deparou com dois obstáculos: a montadora não consegue convencer um número suficiente de norte-americanos compradores de sedans a trocar de concorrentes estrangeiras como a BMW ou Mercedes, e não consegue fabricar utilitários esportivos Escalade o bastante para satisfazer a demanda doméstica.
Apesar de os Escalades, que são vendidos por mais de 100 mil dólares cada, estarem saindo todos os dias de uma fábrica em Arlington, no Estado do Texas, que vem operando com turnos extras em finais de semanas há meses, a Cadillac ainda não consegue manter um estoque de utilitários esportivos para mais de algumas semanas.
Por outro lado, concessionárias estão oferecendo descontos de milhares de dólares no sedan ATS, que deve competir com a BMW Série 3, e para o CTS, que concorre ocm o Mercedes Classe E.
Na concessionária Brotherton Cadillac Buick GMC no subúrbio de Renton, no Estado de Washington, o proprietário Brad Brotherton está oferecendo modelos ATS 2014 com desconto de até 12 mil dólares sobre um preço sugerido que começa em cerca de 33.215 dólares.
Em In St. Peters, no Estado do Missouri, perto de St. Louis, a Bommarito Cadillac cortou até 17.500 dólares do preço de um CTS 2014, cujo preço começa em 45.345 dólares.
"O problema é, a Cadillac não é a BMW", disse o presidente da ALG em Santa Monica, na Califórnia, que define e acompanha valores de leasing automotivo. "O ATS é o produto que a Cadillac poderia ter usado para construir equidade de marcas, mas foi teve preço e produção exagerados".
A Cadillac vem tentando há mais de um ano diminuir os estoques de modelos ATS e CTS não vendidos. Em meados de dezembro a empresa fechou a fábrica em Lansing, no Estado do Michigan, que monta ATS e CTS por seis semanas. A fábrica reabriu em 26 de janeiro com um único turno e um cronograma de produção muito reduzido.
Mesmo com os cortes na produção, a Cadillac e suas concessionárias ainda tinham cerca de quatro meses de CTS e seis meses de ATS não vendidos em mãos ao final de janeiro, segundo análise da Reuters.