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Cenário gera incerteza sobre redução de dívida da Petrobras, diz CEO

Em entrevista à CNN, Roberto Castello Branco disse que redução no preço do petróleo e crise causada por coronavírus impactam estatal

Roberto Castello Branco: "Nossos resultados econômicos serão afetados, isso é claro" (Patricia Monteiro/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 16 de março de 2020 às 11h20.

Última atualização em 16 de março de 2020 às 11h26.

São Paulo — A guerra de preços entre sauditas e russos no mercado de petróleo e a desaceleração da economia global devido ao coronavírus geram incertezas sobre o atingimento pela Petrobras de suas metas para redução do endividamento em 2020, afirmou o presidente da estatal à CNN Brasil.

A empresa tinha como meta atingir a alavancagem medida pelo indicador dívida líquida sobre EBITDA de 1,5 vez até o fim deste ano.

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"A Petrobras ainda tem uma dívida que é superior a duas vezes sua geração de caixa. Normalmente, uma companhia produtora de commodity, fica confortável com indicadores abaixo de duas vezes (a geração de caixa). Nós pretendíamos fazer isso (reduzir a dívida) esse ano... Vamos ver se isso é viável ou não. É um ponto de interrogação agora, que não existia antes", disse o CEO, Roberto Castello Branco, ao programa CNN Líderes.

"Nossos resultados econômicos serão afetados, isso é claro. Como uma companhia de petróleo, ela tem sua lucratividade afetada pelos preços do petróleo", acrescentou o executivo, segundo publicação no site da emissora.

O presidente da Petrobras, no entanto, destacou que a empresa tem feito o dever de casa no aspecto financeiro, com situação mais confortável que há cinco anos, mas destacou ver a dívida como ainda elevada.

Ele ainda afirmou que o cenário global não tem impactado planos de desinvestimentos da companhia, como a venda de refinarias. "Nós não recebemos nenhum sinal de desistência, falta de entusiasmo, dos interessados na compra das refinarias. Pelo contrário: temos potenciais compradores visitando as refinarias", disse Castello, segundo a emissora.

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